Recebo esta matéria da Secom com muita revolta, haja vista que no ano de 2011, eu procurei chamar a atenção dos políticos maranhenses para esse fato que já vinha se agravando no Maranhão e em todo o país, cujo resulto são os leitos hospitalares ficarem tomados por acidentados de motos, que gozavam de plena saúde.
A primeira matéria sobre esse assunto foi editada nesse blog no dia 12/02/2011, com o título “A diferença entre motoqueiro e motociclista e as conseqüências para a saúde pública”, cujo teor fala da estatística nada favorável para aqueles que precisam de leitos nos hospitais públicos, principalmente aqueles que precisam ser internados por serem portadores de doenças crônicas, cardíacas e enfermidades que precisam de cirurgias de urgências. Segundo informações, os leitos existentes hoje nos hospitais maranhenses estão ocupados, em sua maioria, por motoqueiros vítimas de desastres no trânsito.
A segunda matéria sobre o assunto foi em 31 de março de 2011 sob o título “Saúde do Maranhão terá que passar por transformações para que receba maiores recursos do Ministério da Saúde”, “… a quantidade de leitos hoje ocupados por acidentados de motos – meses atrás fiz um artigo que mostrou bem a diferença entre motoqueiro e motociclista e seus custos para a saúde pública -, que chegam a ser mais de 40% do existente na rede hospitalar do Brasil. Segundo o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, foram feitas 42 cirurgias, na véspera do ano novo, em motoqueiros envolvidos em acidentes.
A terceira matéria foi no dia 18 de abril publiquei a matéria “Morte de motociclistas aumentou 754% em dez anos, mostra pesquisa”… “Diante do o número de motociclistas mortos, nos últimos dez anos, em acidentes de trânsito aumentou 754%. De acordo com complemento do estudo Mapa da Violência 2011, divulgado hoje (13) pelo Instituto Sangari, em 1998 foram 1.047 mortes de motociclistas no país. Em 2008, esse número subiu para 8.939 mortes…”
A quarta foi no dia 11/08/2011 com o título “A politicalha de Marcelo Tavares encontra um pedregulho no caminho: Dr. Pádua...”, “… Caso fosse um deputado preocupado com a situação da saúde no Estado, entraria com um projeto pedindo maior investimento na educação dos motoqueiros, que são os que abarrotam os leitos dos hospitais, efetuam as cirurgias mais caras, além de serem os pacientes mais passivos de ficção hospitalar.”
A última foi no dia 21/08/2011 sob o título Os politiqueiros se preocupam com a coletividade???, “… Diante do exposto, verifica-se que as três esferas de governo estão gastando muito dinheiro dos recursos da saúde por pura irresponsabilidade desses “motoqueiros”, com isso vale perguntar: Não sairia bem mais barato um projeto que eduque esses motoqueiros, além de uma fiscalização mais atuante nas avenidas de maior tráfego? O certo é que depois desse meu artigo o número de leitos normais e de UTI utilizados por esses kamikaze do asfalto aumentou bastante, passando de 40% para 50% nos leitos normais e de 60% nos leitos de UTI, e nada é discutido para amenizar essa situação. Cadê nossos representantes?”
Agora vamos a matéria:
Os excessos decorrentes das festas de fim de ano foram responsáveis pelo crescimento da demanda registrada no Hospital de Urgência e Emergência de Presidente Dutra, se comparado ao mesmo período do ano passado. Foram ao todo 142 atendimentos, que resultaram em internações, entre os dias 31 de dezembro de 2011 e 1º de janeiro de 2012, de pacientes oriundos de 33 municípios maranhenses, além dos estados de Goiás e da Bahia. A grande maioria deles se envolveu em acidentes de moto, ocorrência que ocupa a maior parte dos leitos de UTI do Hospital de Presidente Dutra, durante o ano inteiro.
Outros setores, como as salas de pequenas cirurgias, de observação e a sala vermelha, também receberam macas para acomodação dos pacientes, o que significou o improviso de 17 leitos extras. Com a sobrecarga, foi reforçado o fornecimento de material e insumos para atendimento no local. A equipe de profissionais, sobretudo médicos e enfermeiros, manteve o plantão 24 horas, garantindo assistência a todos que procuraram o hospital.
“Acompanhamos um caso muito difícil e delicado, que foi de uma paciente grávida, que se acidentou de moto em Bacabal, teve traumatismo craniano e acabou dando a luz no hospital. Foi uma situação dramática”, relata a médica Socorro Bispo, gestora da Rede de Serviços da SES. Ela, a enfermeira Bernadete Ferreira e o engenheiro Antônio Gualberto Belo, da Superintendência de Engenharia Clínica, fizeram a visita ao Hospital de Presidente Dutra.
Com 112 leitos de internação, o Hospital de Presidente Dutra mantém uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 12 leitos, além de quatro salas do centro cirúrgico e outra sala de recuperação pós-operatório, com seis leitos. Existem ainda enfermarias divididas nas áreas de clínica médica, ortopedia, cirurgia e pediatria.
Por conta do número elevado de acidentes de moto, formou-se fila para o centro cirúrgico e para a UTI do Presidente Dutra. Dos 142 atendimentos dos últimos dois dias do ano, 69 pacientes receberam indicação para cirurgia geral e ortopédica, e de buco-maxilar. A maior parte deles, um total de 48, é residenteem Presidente Dutra. Segundoo diretor geral da unidade, Osnir Lima, a grande demanda de acidentados de moto dando entrada no hospital não chega a ser nenhuma surpresa.
“Durante todo o ano, recebemos muitas pessoas com traumas decorrentes de acidentes envolvendo motos. O que chama atenção é que desta vez e por conta do consumo elevado de bebidas alcoólicas nas festas de fim ano, produzimos estatísticas ainda mais alarmantes”, relata, completando: “a demanda das festas de fim de ano foi bem maior em 2011. Embora sejamos referência para muitos municípios dessa região, nunca precisamos acomodar os nossos pacientes nos corredores”.
Publicado em: Governo