Crueldade Vergonhosa!!! MP apura desvio de R$ 13 mi da educação para parentes de prefeito em São Benedito do Rio Preto

Publicado em   04/nov/2024
por  Caio Hostilio

Investigação do Ministério Público descobriu que R$ 13 milhões destinados à educação da cidade São Benedito do Rio Preto, no Maranhão, foram desviados para parentes do prefeito Wallas Rocha (Republicanos). Segundo reportagem do Fantástico deste domingo (3), parte do dinheiro foi para as contas de familiares de Rocha e da primeira-dama Brenda Gabrielle Nunes da Silva.

MP apura desvio de R$ 13 milhões para conta de parentes do prefeito de São Benedito do Rio Preto. Valor é referente ao repasse de R$ 91 milhões do governo federal realizado desde janeiro de 2023. O recurso faz parte do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que tem objetivo de financiar a educação básica no país.

Por lei, 70% do recurso do Fundeb deve ser destinado a pagamento de educadores. Os outros 30% devem ser usados exclusivamente com manutenção de escolas, compra de materiais didáticos, gastos com transporte escolar, entre outros.

Após denúncias de corrupção no período eleitoral da cidade, órgãos públicos iniciaram investigação.Documentos confirmam transferências do Fundeb para contas de 1.598 pessoas. No entanto, apenas profissionais da educação poderiam receber esse tipo de pagamento, que deve constar em folha de pagamento da prefeitura.

Investigação mostra que 11 parentes do prefeito e da primeira-dama receberam recursos do Fundeb ilegalmente. Só para eles, soma de valores chega a R$ 317.500 mil. Reportagem analisou extrato bancário de janeiro de 2023 a julho deste ano.

Primeira-dama recebeu R$ 58 mil. Três parentes do secretário de educação de São Benedito, o pastor Jairo Frazão, receberam R$ 126 mil. Para dez pessoas da família do vereador Irmão Valter (PSB), R$ 112 mil. Esquema também usava “laranjas” que emprestavam suas contas bancárias para receber ilegalmente o dinheiro.

Reportagem do Fantástico tentou contato com envolvidos, mas não teve retorno. O Tribunal de Contas do Estado, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Estadual investigam o caso.

  Publicado em: Política

Iracema Vale destaca caráter municipalista de Carlos Brandão em evento para prefeitos e vice-prefeitos eleitos e reeleitos

Publicado em   02/nov/2024
por  Caio Hostilio

Encontro, realizado na noite de sexta-feira (1º), ocorreu no Residencial Recepções

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), participou do jantar oferecido pelo governador Carlos Brandão reunindo prefeitos e vice-prefeitos eleitos e reeleitos de diversos municípios do Maranhão. O encontro, realizado na noite de sexta-feira (1º), ocorreu no Residencial Recepções e teve como objetivo discutir a municipalidade a partir de 2025.

“Este é um momento especial, de acolhida, no qual o governador Carlos Brandão dá as boas-vindas aos prefeitos eleitos e reeleitos, realinhando todo o governo estadual com a classe política e prefeitos do interior”, destacou a presidente da Alema, Iracema Vale.

A chefe do Legislativo Estadual destacou, ainda, o caráter municipalista do governador Brandão. “O lema do nosso governador é unidade e parceria e, neste momento, é isso que ele faz, buscando a unidade e parceria com todos os municípios do Maranhão, pois ele é municipalista. Ele tira a palavra municipalismo do papel para colocá-la em prática”, enfatizou Iracema Vale.

O governador Carlos Brandão considerou o evento um gesto de aproximação com as novas gestões e o fortalecimento do municipalismo no Maranhão. “Com certeza, vamos continuar um governo municipalista, de unidade e parceria. Independente de questões políticas e ideológicas, nós vamos fazer parceria com todos os municípios. Afinal, sou governador de todos os maranhenses. Logo, vamos atender a todos muito bem”, frisou Brandão, que estava acompanhado da primeira-dama, Larissa Brandão, e de seu secretariado.

De acordo com o governador, em fevereiro de 2025, após a formalização das equipes municipais, a administração estadual fará um seminário para orientar os prefeitos e apresentar, por meio dos secretários de estado, a estrutura do governo e as possibilidades de parcerias. “Vamos lançar uma cartilha de orientação, uma espécie de manual, para que a gente possa orientar os prefeitos e prefeitas. Em seguida, vamos começar a trabalhar as parcerias”, completou Carlos Brandão.

Segundo os organizadores, participaram do jantar cerca de 145 prefeitos e vice-prefeitos eleitos e reeleitos e que tomarão posse em 1º de janeiro do ano que vem. Um dos presentes foi o deputado e prefeito eleito de Bacabal, Roberto Costa (MDB). Para ele, o encontro foi uma mostra da disponibilidade do governador Carlos Brandão em manter um diálogo mais próximo com os novos chefes dos Executivos Municipais.

“Com este encontro, o governador dá mais um direcionamento da sua formação municipalista. E esse momento, já antes da posse dos prefeitos, demonstra a sua sensibilidade, seu compromisso com a continuidade do seu governo em reforçar cada vez mais as políticas de parcerias para fortalecer os municípios do Maranhão e, assim, o Estado todo continuar nesse caminho do desenvolvimento, da pacificação política que é tão importante hoje”, destacou Roberto Costa.

Para o vice-prefeito de Urbano Santos, Herlon Júnior, o encontro consolida ainda mais a liderança do governador Carlos Brandão. “Este é um passo importante, ainda mais pela perspectiva do nosso governador, que tem uma visão muito municipalista. Reunir todos os prefeitos e vice-prefeitos eleitos é mais um passo de união do grupo e do Maranhão”.

Também marcaram presença no evento os deputados Andrea Rezende (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB), Claudio Cunha (PL), Arnaldo Melo (PP), Antônio Pereira (PSB), Fred Maia (PDT), Dr. Yglésio (PRTB), Mical Damasceno (PSD), Janaína (Republicanos), Juscelino Marreca (PRD – prefeito eleito de Santa Luzia), Neto Evangelista (União Brasil), Rafael (PSB – prefeito eleito de Timon), Rildo Amaral (PP – prefeito eleito de Imperatriz), Guilherme Paz (PRD), Osmar Filho (PDT), Leandro Bello (Podemos), Vinicius Louro (PL) e Ricardo Arruda (MDB), bem como o diretor institucional da Alema, Marcus Brandão, além de secretários de Estado e outras autoridades.

  Publicado em: Política

“Mulheres favorecem ânus”: veja trechos de obras vetadas por Dino

Publicado em   01/nov/2024
por  Caio Hostilio

Flávio Dino mandou vetar várias passagens homofóbicas, como as que comparam a orientação sexual à contaminação pelo vírus HIV

Flávio Dino

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (1º/11) a retirada de trechos homofóbicos, preconceituosos e discriminatórios de obras jurídicas externas à comunidade LGBTQIA+.

Trechos homofóbicos que comparam a orientação sexual à contaminação pelo vírus HIV também estão incluídos na decisão que determina a proibição dos textos.

Veja alguns trechos removidos:

 

 

5 imagens

Trechos jurídicos serão retirados

Trechos abordavam homofóbia
Um dos trechos que o ministro pediu a exclusão
Ministro determinou a retirada de trechos de obras jurídicas

Os trechos contêm temas homofóbicos, com frases preconceituosas, como: “Acredito que isso é uma manipulação da máfia gay que não aceitou que a mulher tem a vagina e que ele, obviamente, não a tem. Uma loucura psicológica tão devastadora como nos tempos de Hitler” e “Este tipo de anomalia sexual (homossexualismo) não pode mais ser amparado por leis governamentais, como forma de erradicar a contaminação pelo vírus do HIV”.

Em outras partes da obra literária, há machismo e misoginia. “Muitas mulheres que transaram demais optaram por favorecer o ânus para preservar a vagina de desgaste”.

Alguns dos trechos, dos autores Dalvi, L. e Dalvi, F., são do livro “Curso Avançado de Direito do Consumidor: Doutrina, Prática e Jurisprudência”, além de “Manual de Prática Trabalhista”, “Teoria e Prática do Direito Penal” e “Curso Avançado de Biodireito”, todos publicados em Florianópolis.

O recurso foi apresentado pelo Ministério Público Federal, após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negar o pedido para a retirada de circulação das obras.

O ministério, então, ingressou com a ação, questionando o assunto dos livros jurídicos após alunos da Universidade de Londrina (PR) encontrarem conteúdo homofóbico nas obras disponíveis na biblioteca da instituição.

Por Metrópoles

  Publicado em: Política

Homenageando os idosos, o casal Fábio Gentil e Daniella cai no rock roll

Publicado em   01/nov/2024
por  Caio Hostilio

Em comemoração ao dia do idoso, em Caxias, o casal Fabio Gentil e Daniella cai no Rock Roll.

Numa festa de arromba, todos vestidos a caráter dos anos 60 e com canções da época, a festa trouxe alegria e satisfação, alem da vontade de quero mais.

Um bom gestor é aquele que vive todas as oportunidades em está com sua gente comemorando todos os dias, visto que todo dia é uma oportunidade de  homenagear, seja acompanhado obras e reformas, vislumbrando nas inaugurações pelo bem-estar coletivo, pelo engrandecimento econômico e social e nas festas do povo.

Fábio Gentil só não transformou Caxias numa gestão modelar, mas também trouxe um novo modo de estar mais perto de sua gente, isso no abraço, no calor humano e, especial, no respeito.

 

  Publicado em: Política

Que loucura!!! Indicação de petista processado, Vaccari Neto, assombra a Petros

Publicado em   01/nov/2024
por  Caio Hostilio

Ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto tem atuado na Petrobras para emplacar um ex-diretor da Previ no fundo de pensão dos funcionários da petroleira… O país em que corruptos são perdoados pelo STF!!!

Indicação de petista processado assombra a Petros

Após apadrinhar a indicação da “petista histórica” Magda Chambriard para a presidência da Petrobras, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (foto) tem atuado para emplacar Francisco Ferreira Alexandre, suplente da senadora Teresa Leitão (PT-PE), na Petros, fundo de pensão dos funcionários da estatal.

Segundo O Globo, a indicação tem causado resistência entre os conselheiros do fundo porque Ferreira Alexandre foi denunciado em 2019 pelo Ministério Público Federal (MPF) por gestão temerária na Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Ele também é réu por improbidade administrativa em um processo no qual a própria Petros figura como assistente da acusação.

Como diretor de Administração da Previ, Francisco Alexandre chancelou um aporte de 50 milhões de reais em 2009 em um fundo no qual os gestores superestimavam o valor dos ativos em troca de propina.

O esquema, investigado na Operação Greenfield, provocou perdas de quase meio bilhão de reais para a Petros, a Previ e a Funcef, fundo de pensão dos servidores da Caixa Econômica Federal.

A indicação

Em julho, o CFO da Petrobras, Cesar Rosa, encaminhou a indicação de Francisco Ferreira Alexandre à Petros em julho de 2024.

Além dele, o executivo indicou o nome de um servidor incluído apenas para constar e que já foi descartado, diz o jornal.

Com a indicação, o petista ficou de fora de um processo de recrutamento com 50 candidatos, dos quais restaram três.

Petrobras tenta acelerar a escolha do novo diretor da Petros

Na quarta-feira, 30, a Petrobras tentou acelerar o processo de escolha do novo diretor de Investimentos da Petros.

A estatal, diz O Globo, pressionou pela formação da lista tríplice que precisa ser votada antes da chancela de Ferreira Alexandre para o cargo.

Em meio a questionamentos sobre o histórico do indicado por Vaccari Neto, o procedimento foi adiado.

Por o antagonista

  Publicado em: Política

O trabalho social grandioso de Neto e Thay Evangelista…

Publicado em   01/nov/2024
por  Caio Hostilio

O reconhecimento do povo em receber as ações sociais dirigidas pelo casal Evangelista pelos bairros de São Luís vêm mostrar que é preciso trabalhar com carinho e humildade em prol do bem-estar do povo.

  Publicado em: Política

Carlos Brandão mostra coerência e firmeza em reunião com Lula sobre segurança pública…

Publicado em   01/nov/2024
por  Caio Hostilio

É preciso ser firme e coerente em suas opiniões, não baixando a cabeça para tudo que é falado e proposto em reunião com quem quer que seja, haja vista que o questionamento crítico é fundamental para o engrandecimento do assunto debatido e aquilo que a análise do que é proposto.

Carlos Brandão mostrou coerência em sua fala e expôs as verdades que são vistas “in loco” no cotidiano da polícia preventiva e o resultado no judiciário.

Todo e qualquer cidadão que teve a oportunidade de conversar com um policial militar que faz rota todos os dias, colherá dele a informação de quantas vezes em um mês ele prendeu o mesmo meliante ou criminoso ou até mesmo um traficante, colocando, com isso, sua vida em risco, pois o bandido o marca.

Por isso, Carlos Brandão foi eficaz em sua fala e merece o respeito de todos os maranhenses que prezam por uma segurança de verdade e não fantasiosa!!!

  Publicado em: Política

Desempenho do Maranhão no Programa Saúde na Escola ganha repercussão nacional

Publicado em   31/out/2024
por  Caio Hostilio

O desempenho do Maranhão no Programa Saúde na Escola (PSE), com a inclusão de 30.255 estudantes no biênio 2023/2024, mereceu destaque em reportagem nacional da Secretaria de Comunicação do Governo Federal.

De acordo com a publicação, as estatísticas do programa no estado cresceram em número de escolas pactuadas e educandos atendidos, em comparação com o biênio anterior (2021/2022).

Em 2023/2024, o Maranhão contabilizou mais de 1,41 milhão de alunos atendidos pelo Saúde na Escola, um crescimento de 2,19% em comparação aos 1,38 milhão assistidos pelo PSE no biênio 2021/2022.

Os 217 municípios maranhenses são atendidos pela iniciativa. O Maranhão expandiu em 120 o número de escolas pactuadas no programa, que saltaram de 8.311 para 8.431 entre os dois biênios, uma variação de 1,44%, o que foi determinante para o aumento de alunos atendidos.

A articulação entre escola e Atenção Primária à Saúde é a base do Programa Saúde na Escola. A meta é contribuir para o pleno desenvolvimento dos estudantes da Educação Infantil, Ensinos Fundamental, Médio e de Jovens e Adultos (EJA), por meio de políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos.

A reportagem na íntegra pode ser conferida no site da Secom federal (https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias-regionalizadas/saude-na-escola/2024/maranhao-inclui-mais-de-30-mil-alunos-no-saude-na-escola-no-bienio-2023-2024).

  Publicado em: Política

Eis o guardião da Constituição!!! Gilmar Mendes usou premissas falsas para livrar José Dirceu

Publicado em   31/out/2024
por  Caio Hostilio

Um estudo de caso sobre alegações do ministro do STF

Gilmar Mendes usou premissas falsas para livrar José Dirceu

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, usou premissas falsas para livrar o mensaleiro petista José Dirceu, condenado por suborno no esquema do petrolão, de todas as condenações sofridas no âmbito da Lava Jato.

Do conteúdo não autenticado de mensagens roubadas por hackers em violação criminosa de aplicativo de celulares, o ministro explorou um trecho de conversa atribuída a procuradores sobre a formulação de denúncia contra a filha de Dirceu, Camila Ramos de Oliveira e Silva, para acusar “conúbio entre juiz e procuradores” que “partilhavam de um mesmo objetivo político-partidário e que usaram prerrogativas dos seus cargos para alcançá-los”.

Gilmar, no entanto, omitiu de sua decisão de 28 de outubro que o então juiz Sergio Moro rejeitou a denúncia contra a filha de Dirceu, feita por procuradores do Ministério Público Federal. Ela só viria a ser aceita – o que também é omitido pelo ministro – pela 8a Turma do TRF-4, tribunal de segunda instância revisor da Lava Jato, após recurso do MPF contra a decisão de Moro.

Premissas

“Leio que uma das provas do ‘conluio’ seria a formulação de denúncia pelo MPF contra a filha de José Dirceu para pressioná-lo. No entanto, omite-se, na decisão, que a denúncia contra a filha foi por mim rejeitada. O MP teve que recorrer ao TRF-4. A anulação [nem] sequer se sustenta em suas próprias premissas”, comentou o atual senador Moro no X, na quarta-feira, 30.

Na ocasião, o TRF-4 determinou que a ação penal deveria tramitar e ser julgada, mas Moro deixou a 13ª Vara Federal de Curitiba antes do julgamento do mérito. Dirceu, aliás, nunca foi citado em mensagens atribuídas ao ex-juiz.

Eu, Felipe, acrescento que até o advogado do petista, Roberto Podval, mencionou a decisão de primeira instância ao criticar a de segunda.

“O próprio juiz Sergio Moro, que teve contato com o processo, entendeu que ela [Camila] não teve nenhuma participação. Usaram [os desembargadores] a teoria da ‘cegueira deliberada’, de que ela fez vista grossa ou ‘não viu porque não quis’ que o dinheiro era ilícito. Isso não pode valer para uma filha, é inviável. Para uma jovem, pai é pai, é ídolo e herói”, afirmou Podval em 1 de junho de 2016.

O dinheiro, pois, era ilícito, ficando a discussão jurídica em torno de outros pontos, por exemplo: se seria ou não necessário o envolvimento da filha de Dirceu no esquema antecedente para que ela fosse julgada por lavagem de dinheiro; qual era o grau de conhecimento dela sobre a origem ilícita dos recursos; se haveria ou não elementos suficientes para caracterizar a lavagem e para que a denúncia fosse recebida; e se eventual condenação posterior dependeria de provas do referido conhecimento da origem.

Naquele caso, Daniella Leopoldo e Silva Facchinil foi acusada de lavagem de dinheiro por dissimular e ocultar a origem, movimentação, disposição e propriedade de quase R$ 2 milhões provenientes da Engevix e outras empresas envolvidas na Lava Jato. Os valores teriam sido repassados a ela como contraprestação por seus serviços de arquiteta na reforma da casa de Dirceu em Vinhedo (SP).

Camila foi acusada de lavagem de dinheiro por ter tido um imóvel comprado em seu nome, no valor de R$ 750 mil, também com recursos resultantes de propinas pagas por empresas que prestavam serviços à Petrobras.

Denúncias estranhas ao esquema

Moro entendeu que as denunciadas seriam estranhas ao esquema criminoso da Petrobras, não tendo agido com dolo. O MPF argumentou que o dolo deveria ser comprovado no decorrer da instrução processual, sendo a conduta de ambas suficiente para caracterizar o delito.

O relator do caso no TRF-4, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, concordou com os procuradores: “ainda que Camila e Daniella não tenham qualquer envolvimento com os delitos antecedentes e com o esquema criminoso envolvendo a Petrobras, tal constatação não é óbice para os envolvimentos na lavagem dos recursos ilícitos”.

A omissão da interpretação da 8ª Turma do TRF-4 na decisão de Gilmar é providencial, porque o ministro tentou emplacar a narrativa de que os procuradores forçaram a barra para denunciar a filha de Dirceu.

Mensagens roubadas

Gilmar ainda abordou o conteúdo não autenticado de mensagens roubadas por meio de “reportagem” da Carta Capital sobre esse conteúdo. Em 17 de março de 2016, eu, Felipe, mostrei que Lula pauta o editor da revista, quando pincei trecho de uma conversa obtida legalmente, na qual o então ex-presidente conta que falou “com o Mino Carta aqui, para ele escrever um artigo” sobre a manifestação anticorrupção que tomava as ruas do país.

A narrativa de Lula plantada na revista amiga era de que havia uma “negação política” que resultaria em autoritarismo, a mesma narrativa que Gilmar ecoou com base na mesma revista, para ilustrar, nas palavras do ministro, “abusos cometidos pela força-tarefa”.

Analiso abaixo como Gilmar fez isso:

“Reportagem da revista Carta Capital, de 16.01.2024, detalhou os bastidores dos preparativos da força-tarefa da Lava Jato para apresentar uma denúncia contra a filha de José Dirceu.

Mensagens enviadas no grupo de Telegram dos membros da força-tarefa em 30.8.2015 indicam que os procuradores articularam a acusação contra Camila Ramos como instrumento para exercer pressão psicológica sobre seu pai.

Nelas, os procuradores admitem que não há provas de que a investigada sabia da origem dos recursos, mas insistem na iniciativa para ‘fazer uma pressão danada’, já que ‘o homem vai ficar puto!’”.

Síntese enganosa

Ao alegar que “os procuradores admitem que não há provas de que a investigada sabia da origem dos recursos, mas insistem na iniciativa”, Gilmar apela a uma síntese enganosa, passando a impressão de que, sob todas as perspectivas possíveis, não haveria prova capaz de embasar denúncia a não ser para fins de pressão, quando, na verdade, a conversa citada aponta comprovante de dinheiro ilícito em benefício da filha de Dirceu, o que o TRF-4 veio a considerar o bastante para abrir a ação penal.

Simbolizada pelo acréscimo artificial da preposição “para” (usada duas vezes) e da expressão “já que”, a finalidade atribuída por Gilmar à iniciativa dos procuradores é uma ilação que distorce o conteúdo não autenticado das mensagens roubadas.

No trecho reproduzido pelo ministro, os alegados procuradores, em pleno exercício de suas atribuições, discutem em grupo a formulação de denúncia com base no referido comprovante. É natural que, como qualquer profissional ao debater com colegas o teor de uma obra conjunta, eles teçam considerações sobre seus possíveis efeitos, como a irritação de alguém ou o aumento da pressão. Transformar essas considerações informais de bastidor em confissões de objetivos finais, como se não houvesse outra base relevante para a obra, é manipulação de linguagem que começou na imprensa amiga e terminou em decisão judicial.

Nada mais comum

(Nada mais comum, por exemplo, que jornalistas comentarem nos bastidores qual político, partido ou militância vai se irritar com determinada notícia ou análise, ou como elas aumentarão a pressão em relação a algum caso específico – o que não quer dizer que as notícias e análises sejam levadas ao ar por causa disso e não pela relevância dos fatos a serem expostos, interpretados e depois discutidos pela sociedade e pelas autoridades competentes, ainda que haja divergências entre elas.)

Eis o trecho da conversa citada:

“23:29:52 Roberson – O que acham de denunciarmos a filha do JD [José Dirceu] por lavagem?

23:30:12 Roberson – Acabei de achar comprovante cabal que ela recebeu por fora do MILTON 250 paus.
(…)

23:31:48 Roberson – A camila fez escritura de compra e venda por R$ 500 mil, mas recebeu R$ 750.

23:32:16 Roberson – Milton e Luiz Eduardo tb ocultaram nos depos os R$ 250 de brinde.

23:32:44 Orlando – E foi em benefício dela. Ouvi-la na condição de investigada fará uma pressão danada.

23:32:52 Roberson – Detalhe que o imovel que o Milton comprou dela não valia R$ 500 e tinha clausula de inalienabilidade.

23:33:16 Orlando – Ela foi a beneficiada da lavagem.

23:33:36 Roberson – Sim, mas com plena consciência.

23:34:00 Roberson – O homem vai ficar puto!

23:34:12 Deltan – Paus nela.

23:34:24 Roberson – É casada.

23:34:28 Roberson – rsrsrs.

23:34:40 Roberson – Mas a o CF diz que não importa.

23:35:32 Deltan – Ela ajudou a esconder dinheiro de crime.

23:35:36 Deltan – Resta discutir se sabia que vinha de crime

23:37:48 Roberson – Essa prova do conhecimento específico já será mais complicada. Mas brinde ela sabia que não era. Sabia que o pai era mensaleiro.

05:54:39 Deltan – Não precisa específico. Genérico tá bom. Embora esse seu argumento corte pros dois lados, acho que dá também”.

Comentários descritivos

Nenhum dos interlocutores, portanto, fala em denunciar a filha de Dirceu “para” fazer uma pressão danada ou “já que” ele vai ficar puto. Esses são comentários descritivos sobre os efeitos do eventual depoimento e da denúncia: “fará uma pressão danada”“vai ficar puto”. Eles falam, sim, em denunciar Camila porque existe “comprovante cabal” de que ela “recebeu por fora” 250 mil reais; “de brinde”“em benefício dela”; porque “foi a beneficiada da lavagem”; porque “ajudou a esconder dinheiro de crime”.

“Roberson”, aparentemente, avalia que ela tinha “plena consciência”; que “sabia que o pai era mensaleiro”; que, embora a prova do conhecimento específico seja “mais complicada”“brinde ela sabia que não era”; e que a Constituição Federal “diz que não importa”. Eles parecem ter concluído (“não precisa específico, genérico tá bom”) que tinham material suficiente para a denúncia, mesmo que, para torná-la ainda mais robusta, restasse provar o grau de consciência de Camila sobre a origem ilícita (o que, em tese, ainda poderiam tentar fazer). Os fatos subsequentes, como vimos, corroboram essa conclusão.

Plantar dúvida para colher anulações, no entanto, é um método utilizado por Gilmar desde 2020, pelo menos, quando ele suspendeu a ação penal da Operação E$quema S, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que atingiu o advogado Caio Asfor Rocha, sobrinho da esposa do ministro do STF. Na ocasião, Gilmar contrariou parecer da Procuradoria-Geral da República (como mostrei na matéria “Cai o tráfico, fica a influência”), assim como fez agora, no caso de Dirceu.

Descaramento

De um caso a outro, o que aumentou foi o descaramento do ministro (e de seu sucessor no mesmo método, Dias Toffoli, como também mostrei na Crusoé) no uso de piruetas retóricas em decisões monocráticas que garantem a impunidade geral.

Folha de S. Paulo, que ajudou a legitimar ilações sobre conteúdo não autenticado de mensagens roubadas, limitou-se a criticar o caráter monocrático da decisão, “que contribui para erodir sua credibilidade [do STF] e alimentar a polarização política”. Na verdade, ela contribui para que o Brasil continue sendo o paraíso dos corruptos.

Em análise técnica ignorada por Gilmar, o atual PGR, Paulo Gonet, mostrou que os pedidos em favor de Lula e Dirceu “são visivelmente distintos”, que a jurisprudência do STF manda indeferir pedido de extensão de decisão nesses casos, e que nem “corréus” eles eram.

“Um direito”

O ministro alegou, depois, que “é um direito nosso decidir contra os pareceres da Procuradoria, apesar das relações muito afáveis, cordiais e fraterna que temos com o atual procurador-geral”. Se fosse Moro a se referir assim a Dallagnol, na época da Lava Jato, seria mais um “indício” de “conúbio”. Gilmar, além de ex-sócio de Gonet, é o padrinho de sua indicação política para a PGR, tendo feito campanha junto a Lula para conquistá-la, entre outras campanhas para emplacar aliados em tribunais, como vem noticiando a imprensa.

Nenhuma divergência pontual com qualquer afilhado anula o fato de que o ministro do STF acusa desafetos do projeto permanente de (maior) poder que, notoriamente, ele tem. Gilmar usa até psicologia barata e anacrônica para adivinhar o que “nutriam” e “pretendiam” juiz e procurador na época da Lava Jato, muito antes que a força-tarefa fosse desmantelada pelo Supremo e ambos decidissem seguir carreira política.

O mesmo Gilmar que, antes de a Lava Jato atingir seu círculo íntimo, incluindo o tucano Aécio Neves, apontava o “modelo de governança corrupta” da “cleptocracia” petista, com seus “donos da Petrobras”, contribui agora para a vitimização do PT como “o principal alvo dessa estratégia” de “injetar” um “sentimento de insatisfação” com a “classe política”. O mesmo Gilmar que acusava falsamente o colega Luis Roberto Barroso de ter soltado Dirceu agora livra Dirceu, tendo ainda ajudado duas vezes a soltá-lo, com votos na Segunda Turma.

“Nosso aliado”

O mesmo Gilmar que o petista Wadih Damous passou a chamar de “nosso aliado” no começo de 2018 baseia agora sua decisão em narrativa de revista pautada por Lula. O mesmo Gilmar que admitiu ter feito uma “leitura política” ao mudar seu voto de 2016 e votar em 2019 contra a prisão em segunda instância, sendo decisivo para tirar Lula da cadeia, agora faz uma escrita política para que Dirceu nunca mais seja preso.

Sua nova decisão panfletária, carregada de teorias da conspiração baseadas em falsas premissas, só confirma, pela enésima vez, que o problema do sistema com a força-tarefa nunca foi sobre os métodos, mas sobre os alvos. Ou nas palavras do antigo Gilmar“A Lava Jato estragou tudo. Evidente que a Lava Jato não estava nos planos porque o plano era perfeito, mas não combinaram com os russos”.
Está tudo combinado agora?
Por O antagonista

  Publicado em: Política

Vai uma picanha aí? Preço da carne volta a subir no Brasil

Publicado em   31/out/2024
por  Caio Hostilio

O mercado da pecuária de corte no Brasil está passando por um período que impacta diretamente o bolso do consumidor. A escassez de bovinos prontos para o abate está reduzindo a oferta de animais nos frigoríficos, enquanto as exportações de carne estão crescendo. Este cenário tem influenciado de forma significativa os preços da carne bovina no país.

Recentemente, o valor da arroba do boi atingiu um dos picos mais altos do ano, evidenciando esta tendência de alta nos preços. Ao contrário de períodos anteriores, onde a oferta era maior e o preço menor, o atual contexto tem beneficiado pecuaristas ao proporcionar vendas a preços mais elevados.

Impacto na Economia e no Consumo

O Instituto de Economia Agrícola destacou que o preço médio da carne bovina para o consumidor já apresenta uma margem superior em comparação com outras carnes, como a suína e a de frango. Com a elevação dos preços, consumidores podem considerar alternativas mais baratas como fontes proteicas. Este fenômeno não só impacta o mercado interno, mas também reflete no comportamento de consumo da população, ajustando seu poder de compra e preferências alimentares.

A Perspectiva para os Próximos Meses

A tendência de preços elevados deve continuar pelo menos até o final do ano devido ao cenário econômico atual e ao comportamento do mercado de exportação. O aumento do poder de compra no final do ano pode aquecer as vendas, sustentando ainda mais a alta nos preços. Com tal cenário, a carne bovina pode se manter como um item com preços elevados para o consumidor, enquanto o mercado busca se adaptar aos novos desafios e oportunidades.

  Publicado em: Política

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