Advogado de Bolsonaro disse que ele seria traído por militares, descarta sua prisão e espera julgamento por corte competente, com juízes imparciais

Publicado em   29/nov/2024
por  Caio Hostilio

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Na tarde desta sexta-feira (29), o advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, afirmou, em entrevista ao Estúdio i, da Globo News, que o ex-presidente não teria se beneficiado do suposto plano de golpe de Estado envolvendo militares de seu governo.

De acordo com Bueno, o golpe descrito no inquérito da Polícia Federal (PF)teria como beneficiária apenas uma junta militar.

“Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punhal Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro”, disse Cunha Bueno.

“Não tem o nome dele lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo”, afirmou o advogado de Bolsonaro.

Segundo Cunha Bueno, Bolsonaro seria “traído” pelos militares: “Ou está na cara que ele não iria aderir”.

Ainda de acordo com o advogado do ex-presidente da República, por esse motivo, Bolsonaro não tinha obrigação de denunciar o golpe.

“É crível que as pessoas o abordassem com todo tipo de proposta, é fato que ele [Bolsonaro] não aderiu. (…) Não era obrigação dele denunciar”, afirmou.

Cunha Bueno também afirmou que Bolsonaro não sabia do plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes: “Ele não sabia disso. Esse Punhal Verde e Amarelo nunca chegou ao conhecimento dele”.

Ao ser questionado sobre a estratégia de defesa do ex-presidente considerar ou não uma eventual prisão de Bolsonaro, o advogado descartou a possibilidade:

“Não faria sentido que houvesse algum tipo de prisão. (…) O que eu espero em primeiro lugar é que meu cliente seja julgado pela corte competente, por juízes imparciais e não por desafetos pessoais. Isto é o mínimo que alguém acusado, eventualmente, tem o direito de ter”.

  Publicado em: Política

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