O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que estudou todas as medidas possíveis dentro das “quatro linhas” da Constituição e que nunca houve discussão de golpe de Estado. A fala aconteceu nesta segunda-feira (25), durante entrevista coletiva no Aeroporto Internacional de Brasília.
“Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, ia falar: tudo bem, e o after day? E o dia seguinte, como fica o mundo perante a nós? Todas as medidas possíveis, dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei”, disse Bolsonaro.
Ele ainda afirmou que nunca teve conhecimento sobre discussões para um possível golpe de Estado. “A palavra golpe nunca esteve em meu dicionário. Desde quando eu assumi, em 2019, vinha sendo acusado de querer dar um golpe”, afirmou. Os áudios de militares que foram divulgados pela Polícia Federal (PF), segundo Bolsonaro, lhe “ofendem”. Estado de sítio Ainda segundo o ex-presidente, não houve nenhuma assinatura para a declaração de estado de sítio no país. “Não levei para frente. Até para estado de Defesa.
Não convoquei ninguém e não assinei papel. Eu procurei saber se existia alguma maneira na Constituição para resolver o problema. Não teve como resolver, descartou-se”, declarou. De acordo com a Constituição, o estado de sítio pode ser solicitado pelo presidente após ouvir o Conselho da República, o Conselho de Defesa Nacional e solicitar autorização para o Congresso em duas ocasiões: comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
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