Desequilíbrio total!!! Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Publicado em   16/set/2024
por  Caio Hostilio

A TV Cultura tentou engessar o debate com regras mais rígidas, mas cena dantesca foi uma das piores da história dos embates televisivos

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

A cadeirada de Datena no influenciador digital Pablo Marçal durante o debate da TV Cultura era pedra cantada desde o início dos embates na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Os dois viviam às turras. No debate da TV Gazeta, realizado em 1º de setembro, por exemplo, o apresentador foi tirar satisfação com ex-coach no púlpito. No embate da TV Band, Datena ficou visivelmente incomodado com a postura do candidato do PRTB. Era uma questão de tempo para que as ameaças fossem as vias de fato.

Assista:

Arrefecer os ânimos?

Em entrevista coletiva realizada após a cadeirada televisiva, Datena afirmou que foi procurado por assessores do ex-coach no sábado. A ideia, segundo o apresentador, seria arrefecer o ânimo entre os dois. Nada feito. Sem conversa, sem acordo.

O resultado foi visto por milhões de eleitores. Um espetáculo dantesco inédito. A TV Cultura tentou engessar o debate com regras mais rígidas: tempo menor para confronto direto entre os candidatos e sanções maiores a quem saísse das regras. Nada funcionou.

No final, os dois candidatos deixaram o debate. Datena, por descumprimento das regras; Marçal, porque foi procurar atendimento médico após a cadeirada. Ele passou a noite internado no Sírio Libanês.

Provocações

Apesar disso, vídeos que não foram ao ar mostram que Marçal continuou provocando Datena mesmo depois da cadeirada. O apresentador ainda tentou agredir o ex-coach mais uma vez e o chamou de “canalha”, “covarde” e outros impropérios que não vem ao caso citar. Foi contido por seguranças e pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Marçal respondeu na mesma moeda: mesmo agredido, chamou Datena de “arregão”, “ditador” e “vagabundo”.

No final, coube ao mediador Leão Serva, tentar conter os ânimos. O próprio Serva classificou a cadeirada como um dos “eventos mais absurdos da história da TV brasileira”.

O mais lamentável desse episódio é que nem mesmo uma cadeirada serviu de lição para os demais candidatados. Mesmo após a agressão física, houve trocas de farpas entre Guilherme Boulos e Ricardo Nunes na reta final do evento, reafirmando que a disputa pela prefeitura de São Paulo virou uma luta de vale tudo.

Ou seja, a cadeirada de Datena mostra que a baixaria não tem limites.

  Publicado em: Política

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