Nesta semana, o jornal “Washington Post” surpreendeu o público ao divulgar entrevista com uma mulher venezuelana que relatava os dias de terror que viveu no seu país ao ter seu filho de 15 anos preso. O motivo? O jovem foi uma das 120 crianças detidas em operação do autocrata socialista Nicolás Maduro.
Na reportagem, a mãe do adolescente relatou que 17 oficiais militares de contrainteligência invadiram sua casa no meio da noite, apontaram fuzis para ela e seu outro filho de 5 anos e estapearam o filho mais velho até que ele dissesse o nome de um amigo. Em seguida, os policiais algemaram o rapaz e o levaram preso.
A moradora da Venezuela também detalhou que ela e seu filho de 5 anos ficaram a noite na cadeia, enquanto o adolescente de 15 anos ficou 20 dias detido. Deste período, 7 dias o jovem ficou sem contato nenhum com a família.
Este é apenas o relato de uma mãe venezuelana que foi vítima da força brutal do governo de Nicolás Maduro, que há algumas semanas vem prendendo crianças para conseguir encontrar ativistas contra o regime do autocrata.
Estima-se que cerca de 1.6 mil pessoas já foram detidas por estarem nas proximidades ou nos protestos contra a suposta reeleição do presidente. No último mês ele se autoproclamou chefe de estado do país mais uma vez, mesmo tendo dados que indiquem que o verdadeiro vencedor foi o Edmundo González, principal concorrrente de Maduro.
O procurador-geral Tarek William Saab, principal autoridade policial da Venezuela, foi procurado pelo jornal norte-americano, porém, decidiu não fazer nenhum comentário a respeito da entrevista.
Os menores que foram presos nessa operação de Nicolás Maduro foram acusados de terrorismo. Vários deles relatam agressões dos oficiais militares e dezenas continuam na cadeia. O jornal “Washington Post” declarou que não conseguiu verificar as informações relatadas pelas famílias venezuelanas devido a atual situação do país.
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