O preço médio da gasolina vendida nos postos brasileiros superou R$ 6 por litro e chegou a R$ 6,13 na semana passada, informou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Trata-se do maior valor desde o início do governo Lula (PT). É também “a primeira vez que o preço fica acima dos R$ 6 desde setembro de 2023, já considerando a inflação do período”, relata a Folha.
A alta nos postos —de 2,7%, ou R$ 0,16 por litro— reflete o reajuste no preço do combustível nas refinarias anunciado pela Petrobras no dia 8 de julho. Desde o início deste mês, o aumento acumulado no preço da gasolina é de 5%.
Dólar puxa alta do preço
O reajuste de cerca de duas semanas atrás foi a primeira mudança no preço da gasolina nas refinarias feita pela estatal petrolífera desde outubro do ano passado.
O aumento foi motivado pela alta do dólar e dos preços do petróleo, mas ainda é insuficiente para eliminar a defasagem do Brasil em relação às cotações internacionais do combustível.
“É uma defasagem normal para a nova estratégia comercial da Petrobras, que deixou de considerar a paridade de importação como único parâmetro para a definição de preços”, escreve o jornal paulistano —Lula havia prometido “abrasileirar” os preços dos combustíveis.
Etanol e gás de cozinha também sobem
A ANP informou ainda que o preço do etanol hidratado também subiu na semana passada, de R$ 3,96 para R$ 4,08 por litro, e que o preço do botijão de 13 kg de gás de cozinha aumentou R$ 2,11, para R$ 103,86.
De acordo com a Folha, cortes orçamentários na ANP diminuíram a abrangência da pesquisa semanal de preços feita pela agência. O total de coletas foi reduzido em 43%, e o número de cidades brasileiras pesquisadas caiu de 459 para 358.
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