Ato com artistas foi organizado por centrais sindicais com apoio do Ministério da Cultura no estacionamento do estádio do Corinthians e teve R$ 3 milhões de patrocínio da Petrobras.
O ato de 1º de Maio para celebrar o Dia do Trabalho com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou com pouco público nesta 4ª feira (1º.mai.2024). O evento foi organizado por centrais sindicais com o apoio do Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras –o Poder360 apurou que a estatal desembolsou cerca de R$ 3 milhões.
Imagens compartilhadas nas redes sociais e divulgadas por emissoras de televisão mostram que o público ficou concentrado em uma área de aproximadamente 2.500 m² no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo –compare na foto acima e no mapa abaixo retirado do Google Earth.
Não é possível fazer uma estimativa precisa de público a partir das imagens disponíveis porque as fotos não são do alto, em ângulo reto, com a lente apontando diretamente para o chão.
Além de Lula, participaram 9 ministros de Estado: Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais; André Fufuca, ministro do Esporte; Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial; Cida Gonçalves, ministra das Mulheres; Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Luiz Marinho, ministro do Trabalho; Márcio Macêdo, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência; Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social); Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário.
O Poder360 entrou em contato com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), uma das organizadoras do evento, para perguntar se havia uma estimativa do público presente ao ato. Respondeu por meio de sua assessoria que não realizou uma contagem.
Apesar de não haver uma estimativa de público, era visível que havia poucas pessoas presentes. Durante seu discurso, Lula queixou-se do ato esvaziado. O presidente cobrou o ministro Márcio Macêdo e disse que o evento havia sido “mal convocado” e que não foi feito o “esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”.
A seguir, a declaração do presidente:
“Vocês sabem que ontem eu conversei com ele [Márcio Macêdo] sobre esse ato e disse para ele: ‘Ô Márcio, o ato está mal convocado’. O ato está mal convocado, nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar, mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com 1.000, com milhão, mas também se for necessário eu falo apenas com a senhora que está ali na minha frente”, declarou o chefe do Executivo.
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