Ayrton Senna morreu em maio de 1994, mas seu legado transcende gerações e reverbera mesmo depois de 30 anos do acidente em Ímola
“Uma notícia que nós nunca gostaríamos de dar: morreu Ayrton Senna da Silva”, reportava Roberto Cabrini, do Hospital de Bolonha, na Itália, em primeiro de maio de 1994. Naquele dia, o Brasil perdia mais que um atleta: perdia um personagem cujo legado seria imortal.
Um ídolo conquista títulos, mas uma lenda cativa o mundo. Ayrton Senna ainda fascina o planeta mesmo depois de 30 anos. O piloto, além de tricampeão da Fórmula 1, virou marca, entidade e herói para muitos.
Para o jornalista Fábio Seixas, especialista em automobilismo, o piloto representava o que era possível alcançar, um símbolo de sucesso transmitido para o mundo. Ele foi alguém que alinhou determinação, talento, carisma e personalidade e, portanto, era tratado como unanimidade.
“Senna era conhecido por sua obstinação pela vitória, algo raro mesmo entre atletas de elite. Sua busca pela perfeição o tornava imprevisível nas pistas, sempre pronto para fazer algo extraordinário para vencer. Ele era como um Michael Jordan no basquete ou um Usain Bolt correndo”, destaca Seixas.
A impressão é de que se não fosse aquele infeliz acidente, Ayrton seria o maior campeão de Fórmula 1 do mundo. O Rei de Mônaco, o Rei da Chuva ou o Magic Senna subiu ao pódio 80 vezes na carreira (1984-1994). Ele era interminável.
“No Japão, o atleta era adorado, pois os japoneses viam nele alguém que se esforçava ao máximo para alcançar seus objetivos, assim como eles. Ele tinha uma conexão única com seu carro, uma simbiose perfeita que o tornava imbatível”, aponta Seixas.
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