O vereador Daniel Barros está sendo acusado por uma médica pediatra que atua na Maternidade Carmosina Coutinho, em Caxias, de ameaçá-la e tentar intimidá-la em pleno local de trabalho. A presença do político na unidade de saúde é, no mínimo controversa, pois ele já esteve no centro de um escândalo nacional, em meados da década passada, quando mais de 550 bebês morreram em circunstâncias até hoje não esclarecidas. Daniel Barros, que na época era secretário municipal adjunto de Saúde, não pisava no local há sete anos e seu retorno ao local é como se ele estivesse voltando à cena do crime.
O episódio, ocorrido na noite dessa quarta-feira (14), virou caso de polícia, como.comprova o boletim de ocorrência registrado pela profissional de saúde na delegacia do 2º Distrito de Polícia Civil de Caxias (confira abaixo).
Segundo consta no B.O., Daniel Barros chegou à Maternidade Carmosina Coutinho para atender o suposto chamado de um pai que também já havia tratado a médica de forma agressiva, alegando que sua filha, que será entrada na unidade de saúde para fazer um exame,.não estava recebendo atendimento adequado, versão desmentlda pela médica em seu relato à polícia.
A médica contou que assim.que adentrou a maternidade, Daniel Barros passou a conversar com o pai da criança que estava sendo atendida. Pensando que o vereador fora ao local com a intenção de apaziguar a situação, a profissional de saúde o tratou com calma, mas foi surpreendida com um comportamento extremamente rude do político.
A pediatra contou, ainda, à polícia, que Daniel Barros usou sempre um tom ameaçador ao dirigir-se a ela e chegou a anunciar que chamaria a polícia. No auge do seu descontrole, conforme relatou a médica, o vereador apontou o dedo em seu rosto, gritando que iria prende-la. A profissional de saúde acrescentou que o político realizou filmagens sem permissão dentro da maternidade.
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