O senador do Maranhão indicou R$ 34,4 milhões em emendas parlamentares utilizadas pela Codevasf para pagar a Construservice e a Pentágono Comércio e Engenharia

O senador Weverton Rocha (PDT/MA) indicou 34,4 milhões de reais em emendas parlamentares utilizadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) para o pagamento de empresas investigadas pela Polícia Federal, registrou a Folha de S. Paulo.

Com base em convênios firmados pela estatal com cidades do Maranhão, o jornal verificou que o dinheiro bancou obras realizadas pela Construservice Empreendimentos e pela Pentágono Comércio e Engenharia, ambas apontadas pela PF como pertencentes a Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, empresário acusado de integrar um esquema para o desvio de verba de emendas parlamentares.

Segundo a Folha, a emenda de maior valor indicada por Weverton Rocha foi destinada ao município de Timon, no Maranhão, onde a Construservice recebeu 13,37 milhões de reais para pavimentar o asfalto de vias.

As cidades de Presidente Dutra, Pinheiro, Carutapera e Igarapé Grande, todas no estado, também foram beneficiadas com obras bancadas pelas emendas do senador.

“No total, a Construservice venceu três licitações com emendas do senador, cujos contratos somam R$ 21 milhões. A Pentágono, por sua vez, recebeu R$ 13,3 milhões a partir da verba indicada por Weverton”, disse o jornal.

Em nota, o senador negou ter vínculos com as empresas atribuídas a Eduardo DP.

“Lamento que estejam tentando forçar uma relação inexistente numa situação em que sequer sou citado na investigação. Não sou licitante, nem dono de empresa”, afirmou Weverton Rocha.

Em março, ele indicou Clóvis Luis Paz Oliveira para o cargo de superintendente da Codevasf no Maranhão.

Além de Weverton Rocha, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), e o deputado Josimar Maranhaozinho (PL-MA) também estão na mira da PF por indicar emendas parlamentares usadas para o pagamento da Construservice. A empreiteira é investigada de estar envolvida em irregularidades nas obras da estatal.