A Polícia Militar foi acionada e faz buscas pelo vereador Carlão (PT), que ainda não foi localizado.
A polícia faz buscas pelo vereador Carlão (PT), de Cocal, 270 km ao norte de Teresina. Em um vídeo que circula nas redes sociais, segundo a Polícia Civil, ele aparece arma com uma faca agredindo o radialista Godofredo Brito. O caso ocorreu na tarde desta segunda-feira (23) em Campestre Baixo, zona rural do município.
O delegado Mayson Soares, titular da Delegacia de Cocal, explicou que apesar do autor estar com uma faca na mão, a vítima foi agredida com socos e não ficou ferida gravemente.
“Já foi colhido o depoimento da vítima e encaminhado para realização do exame de corpo de delito. Só no final da investigação que vamos verificar qual a tipificação penal, por enquanto, foi lesão corporal”, disse.
A agressão foi registrada pela câmera de celular do passageiro do carro do radialista. Nas imagens, Godofredo se aproxima de uma obra de calçamento e ao descer do veículo, o vereador aparece com uma faca na mão e agride o profissional.
O radialista registrou boletim de ocorrência. A Polícia Militar foi acionada e faz buscas pelo vereador, que ainda não foi localizado.
Um crime bárbaro, ocorrido na noite de ontem, chocou a população do município de Pio XII, distante 272 km da capital São Luís.
O professor Pedro Lopes de Oliveira Filho, conhecido na cidade como Pedrinho, foi brutalmente assassinado, por volta das 21h46, no Clube AABB quando comemorava seu aniversário de 37 anos.
Pedrinho era pré-candidato a prefeito do município.
Vídeos de câmeras do circuito interno de segurança mostram o momento que dois homens entraram no local e efetuaram diversos disparos.
As imagens mostram o desespero dos presentes.
O pré-candidato, atingido com vários tiros, morreu no local.
A Polícia ainda trabalha para identificar os assassinos.
Na terça-feira, Dino terá que falar sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, regulamentação das armas, invasão de terras, interferência na Polícia Federal, supostas fake news sobre CACs, corte de verba no Orçamento de 2024 para combate ao crime organizado, ataques aos membros da comissão, controle de conteúdos danosos no YouTube, prisões relativas a dados falsos sobre vacinas, e criminalização dos games.
No dia seguinte, 25, Dino ainda terá que ir à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa, num esforço empreendido por deputados bolsonaristas contra o seu principal alvo. O grupo quer que o ministro explique as ações da pasta durante o 8 de janeiro e a postura relativa aos caçadores, atiradores e colecionadores (CAC). Ele já compareceu em três audiências no Congresso — duas na Câmara e uma no Senado. Em todas elas, o ministro fez piadas e ironias com os parlamentares.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, Sanderson, ameaçou fazer um pedido de impeachment de Flávio Dino pela ausência de Flávio Dino no colegiado no último dia 10; ministro tem segunda chance de aparecer nesta terça-feira.
Na quarta-feira Dino terá que falar sobre a recusa do envio de imagens das câmeras do Ministério da Justiça durante invasão do 8 de janeiro, supostas “práticas abusivas” contra as big tech, suposta interferência na Polícia Federal e cortes no Orçamento de 2024 para o combate à criminalidade. Todos os requerimentos são de bolsonaristas em ambas as comissões.
A primeira convocação de Dino na Comissão de Segurança Pública estava agendada para o dia 10 de outubro. Dino não foi e justificou a ausência devido “providências administrativas inadiáveis” realizadas com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Ao ler o argumento, o presidente da comissão, Sanderson (PL-RS), sorriu. O grupo então resolveu partir para duas estratégias: uma delas passava por pautar a convocação de Dino pelo menos uma vez por semana, a outra era pedir o impeachment.
A lei que regulamenta o tema assegura que ministro que não comparecer a alguma convocação da Câmara ou do Senado sem justificação pode ser alvo de impeachment por crime de responsabilidade. Os integrantes das comissões aguardam uma nova ausência do ministro para avançar com a medida.
Ontem, antes do encerramento abrupto da sessão, por decisão do presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, em face da falta de segurança (um curioso paradoxo), levei argumentos para tentar que aquelas pessoas reflitam um pouco sobre os reais problemas nacionais >> pic.twitter.com/Z8KQKHjR2p
A secretária Nacional de Planejamento e Finanças (tesoureira) do PT, Gleide Andrade (foto), chamou Israel de “assassino” e “vergonha para a humanidade” e disse que o país “não merece ser um Estado“ em postagens nas suas redes sociais, informa o Painel da Folha.
A tesoureira foi nomeada por Lula em junho para o conselho de Itaipu, no qual recebe R$ 37 mil mensais, fora os benefícios. Na semana passada, o presidente da EBC, a “TV Lula”, Hélio Doyle, caiu depois de reproduzir no X, ex-Twitter, um post em que os apoiadores de Israel eram chamados de “idiotas”.
“Intolerância, covardia e execução do povo palestino. O Estado de Israel é uma vergonha para a humanidade, quem mata criança não merece respeito, não merece ser um Estado”, escreveu Gleide no X.
Em outra mensagem, a tesoureira comentou a participação do Brasil na Cúpula da Paz no Oriente Médio com a frase: “Basta deste genocídio. É um crime tantas crianças palestinas mortas e órfãs. Basta do Estado de Israel, assassino!”.
Ouvida pelo jornal paulistano, Gleide Andrade alegou que sua mensagem foi “em defesa da vida” e que “não há justificativa para matar crianças de nenhum dos lados”.
Trata-se, obviamente, de uma defesa muito seletiva. Não se sabe de nenhuma manifestação nas redes da tesoureira do PT contra os estupros de mulheres e os assassinatos de bebês, crianças e meninas com autismo e paralisia cerebral, todos israelenses, por parte dos terroristas do Hamas.
Segundo a presidente da Assembleia, deputada Iracema Vale, os parlamentares fizeram seus questionamentos e deram sugestões para a melhoria do serviço de ferryboats no Maranhão
A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), reuniu-se, na manhã desta segunda-feira (23), com o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Gilberto Lins, e uma comitiva de deputados para discutir soluções para os recentes problemas ocorridos no sistema de transporte por ferryboats no Maranhão.
“Os deputados fizeram seus questionamentos e deram sugestões para melhorias do serviço. Trazer propostas, soluções e conhecimento de como tudo está funcionando é sinal de diálogo aberto. O presidente do Porto também apresentou várias providências que já estão sendo executadas. Confiamos em seu trabalho e que os impasses serão resolvidos”, afirmou Iracema vale.
Na reunião, Gilberto Lins explicou que a Emap assumiu a responsabilidade do sistema aquaviário do Maranhão há apenas 8 meses e que, por isso, propostas de melhorias ainda estão sendo implantadas e outras sendo estudadas, como uma nova modelagem para o sistema, por exemplo.
“Os deputados estão cumprindo o seu papel de fiscalizar e, como servidor público, sempre estarei à disposição desta Casa para prestar qualquer esclarecimento que se faça necessário. Essa é a nossa forma de fazer gestão, com transparência e contato direto com a Assembleia Legislativa e a população maranhense”, ressaltou o presidente da Emap.
Segundo ele, não há uma crise ou colapso na prestação do serviço. “Uma embarcação, o ferry José Humberto, foi retirada do sistema por apresentar falhas mecânicas constantes e insatisfação aos usuários no tempo de viagem, mas, atualmente, outras cinco estão funcionando normalmente e realizando viagens diárias nos terminais”, garantiu Gilberto Lins.
Projeto foi aprovados com emendas, entre elas a apresentação do plano de aplicação dos recursos que não foi enviado a Casa pela Prefeitura
A Câmara Municipal de São Luís aprovou, na sessão desta segunda-feira (23), a proposta que dispõe sobre os critérios de rateio aos profissionais do magistério da rede pública municipal de ensino, dos créditos recorrentes do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef). O texto segue agora para sanção ou veto do prefeito Eduardo Braide (PSD).
Dos 28 parlamentares em plenário, 21 deles votaram a favor e 07 foram contra as modificações no Projeto de Lei nº 256/2023, apresentado pelo Executivo Municipal. As Comissões de Educação; de Constituição e Justiça; e de Orçamento e Finanças, haviam aprovado um parecer em conjunto na última quinta-feira, dia 19, propondo um novo substitutivo.
Semana passada, a Casa Legislativa recebeu a secretaria de educação do município, Caroline Salgado afim de sanar dúvidas sobre o projeto. Um plano de aplicação ficou de ser enviado à Câmara pela prefeitura até a sexta-feira (20), mas isso não ocorreu.
O presidente da Câmara, vereador Paulo Victor, agradeceu o trabalho conjunto dos parlamentares. “Destacamos que Eduardo Braide é o menor dos problemas para esta Mesa Diretora, porque temos os menos favorecidos para nos preocuparmos, temos uma cidade para legislar. Quero deixar claro que cada parlamentar tem uma relação particular com o Executivo, mas todos nós sabemos qual o tratamento que o prefeito dá a essa Casa”, disse.
Corrigindo contradições
O vereador Raimundo Penha (PDT), presidente da Comissão de Orçamento, Finanças, Planejamento e Patrimônio Municipal (COFPPM), afirmou que a nova redação contém os ajustes necessários. Segundo ele, a proposta original não trazia informações básicas e apresentava algumas contradições.
“O projeto que veio para cá foi genérico e não trazia, por exemplo, a informação básica sobre o valor que seria rateado aos profissionais. Além disso, trazia ainda algumas contradições como a previsão da cobrança de imposto de renda, enquanto a lei federal diz que não existe tributo em verba indenizatória”, disse.
Passivo
O texto enviado pelo Executivo à apreciação do Legislativo Municipal trata do chamado “passivo do Fundef” — decisões judiciais que obrigaram a União a corrigir para cima seus cálculos e complementar sua participação no fundo. Essa complementação foi feita aos municípios por meio de precatórios, títulos que reconhecem dívidas de sentenças transitadas em julgado contra a administração pública.
Terão direito a receber os benefícios os profissionais do magistério da educação básica que estavam no cargo durante o período em que ocorreram os repasses a menos do Fundef (entre 1997 e 2006), Fundeb (entre 2007 e 2020) e Fundeb permanente (a partir de 2021); e os aposentados, ou seus herdeiros [pensionistas], que comprovarem exercício nesses períodos.
O valor a ser pago será proporcional à jornada de trabalho e aos meses de efetivo exercício no magistério e na educação básica. Os pagamentos têm caráter indenizatório e não podem ser incorporados ao salário ou aposentadoria. Estados, Distrito Federal e municípios definirão em leis específicas os percentuais e os critérios de rateio, que foi exatamente a proposta que estava sendo analisada pelos vereadores ludovicenses.
Emendas apresentadas
Das 7 sugestões parlamentares, 1 foi retirada de pauta pelo autor e as demais foram acatadas. Analisadas sob os critérios de constitucionalidade, legalidade, regimentalidade e mérito, 6 emendas foram aprovadas, sendo 4 modificativas, 1 aditiva e outra supressiva, que foi retirada de pauta.
Plano de aplicação
Entre as propostas apresentadas consta a emenda modificativa nº 03 que acrescenta parágrafo único ao art. 4º da presente norma, de autoria do Executivo, com a seguinte redação:
“Art. 4º (…) Parágrafo único – o Poder Executivo, por meio do órgão competente, publicará no prazo de 30 dias, após a publicação da presente Lei, o plano de trabalho para aplicação dos recursos financeiros compatível com o que estabelece o termo de acordo celebrado com a União e fará a mais ampla divulgação do referido plano, a luz do princípio constitucional da publicidade, devendo dele ter comprovada ciência, ao menos, o respectivo Conselho de Controle Social do Fundeb, previsto no artigo 33 da Lei nº 14.113/2020, os membros do Poder Legislativo local, o Tribunal de Contas Estadual e a comunidade diretamente envolvida – diretores, professores, estudantes e pais de alunos”.
Comissão de fiscalização
Outra emenda modificativa é a de nº 04, alterando os incisos I e II, do artigo 4º da norma, o qual passará a vigorar com a seguinte redação:
“Art.4º (…)
I – Participação da categoria beneficiada, por meio de Comissão de fiscalização formada por 03 (três) membros do Sindicato dos profissionais do Magistério da rede municipal de São Luís e representação da base.
II – Não composição de cálculos para fins previdenciários e não incorporação aos vencimentos dos servidores ativos ou aos proventos dos inativos, contemplados pelo rateio de que trata a presente Lei, do valor apurado, que será pago em forma de abono excepcional e indenizatório nos termos do inciso II, § 2º do artigo 47-A da Lei Federal 14.325 de 12/04/2022″.
Sem incidência de imposto
Por sua vez, a emenda modificativa nº 04 altera o inciso II, do artigo 4º do texto original, passando a vigorar com nova redação:
“Art.4º (…) III – Não incidência de contribuição previdenciária e nem imposto de renda sobre o valor a ser pago, por ter caráter indenizatório, conforme estabelece a redação do § 2º, inciso II, da Lei Federal nº 14.113/2020”.
Identificação e requerimento
Já a única emenda aditiva nº 02, propõe acrescentar os parágrafos 3º e 4º ao artigo 2º da regra, buscando a identificação dos aposentados e pensionistas que serão beneficiados com os respectivos valores. A sugestão propõe ainda que o recebimento dos recursos pelos profissionais contemplados que não possuam mais vínculos com o município, ocorrerá mediante requerimento do beneficiário interessado.
O autor do ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, que deixou uma garota morta e duas pessoas feridas, sofria bullying e teria avisado sobre o atentado há duas semanas.
A informação foi dada ao site Metrópoles por estudantes da escola estadual.
O adolescente tem 16 anos e foi apreendido pela Polícia Militar (PM) na manhã desta segunda-feira (23).
Os estudantes ainda disseram que seriam pelo menos quatro os autores do ataque, que também sofriam bullying. De acordo com informações iniciais, um suspeito está foragido.
De acordo com alunos, os supostos autores eram um estudante gay (que foi detido), uma aluna lésbica e outros dois estudantes que seriam tímidos e excluídos.
Essas características seriam os motivos do bullying, de acordo com eles.
O suspeito era famoso por publicar vídeos nas redes sociais, afirmou a estudante.
Circulam nas redes sociais imagens que registram momentos de terror vividos por alunos da Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (23). O autor dos disparos, um adolescente cuja identidade ainda não foi revelada, invadiu a instituição armado, efetuando diversos disparos contra os alunos.
A estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, foi atingida na cabeça e não resistiu. Outras três pessoas ficaram feridas, sendo duas baleadas e uma que se machucou durante a fuga do ocorrido.
https://twitter.com/i/status/1716497124764864778
– Durante o ataque a tiros, três alunos foram atingidos. Uma aluna morreu e outros três feridos foram encaminhados ao Hospital Geral de Sapopemba, sendo um deles que se machucou ao tentar fugir durante o ataque. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu o autor dos disparos e a arma utilizada por ele – diz comunicado do governo de São Paulo
O ataque desta segunda-feira foi o segundo em uma escola estadual paulista em menos de sete meses. No dia 27 de março deste ano, uma professora de 71 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas após serem atacadas com faca por um aluno do oitavo ano da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo. O agressor, de 13 anos, foi desarmado e levado para uma unidade da Fundação Casa.
Mentiras, extorsão, exploração sexual, violência. Se os métodos adotados pelos criminosos descobertos na última quarta-feira mantendo cinco mulheres brasileiras em cárcere privado num apartamento na cidade portuária de Alicante, na Espanha, chocam pelas condições subumanas às quais aquelas vítimas eram submetidas diariamente, também trazem luz sobre como têm agido essas quadrilhas especializadas em tráfico humano para fins de prostituição, sobretudo na Europa. É o que explica Waldimeiry Correa, brasileira reconhecida internacionalmente como uma das mais respeitadas pesquisadoras sobre o tema, professora de Direito Internacional e Relações Internacionais da Universidade de Sevilha e que há anos se dedica a investigar as redes obscuras por trás deste tipo de crime. As informações são de O Globo.
Correa vive na Espanha, país que é apontado pelo Conselho Nacional de Justiça como principal destino de brasileiros traficados (56,94% casos), de acordo com último relatório, de 2021. Ela é autora do livro “Regime Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” e vinculada ao Grupo de Pesquisa sobre Trabalho Escravo Contemporâneo da UFRJ. Ela revela a rotina à qual várias destas vítimas contam ter sido submetidas nos últimos anos. São relatos de pessoas aprisionadas que afirmam que eram obrigadas a fazer de 12 a 20 programas por dia para conseguirem arcar com dívidas “impagáveis” criadas pelos criminosos.
O que se sabe sobre as mulheres exploradas em Alicante?
Pelo que pude apurar, trata-se de uma organização formada por cinco pessoas, das quais duas eram mulheres brasileiras. Isso é algo que tem se tornado muito comum nos casos de tráfico de pessoas: na maioria das vezes, as pessoas encarregadas pelo aliciamento são ex-vítimas. Pessoas que passaram por todo aquele processo, mas acabam seduzidas por novas promessas e ficam encarregadas de cooptar mais gente. Essa ex-vítima volta para a sua cidade de origem ostentando nas redes sociais uma falsa vida boa e cria um gancho atrativo. Se no passado usavam a figura do “love boy”, o espanhol bonitão com dinheiro que fingia se apaixonar para levar a vítima para fora do país, agora predomina a figura da migrante que teve êxito no exterior.
Quais são as estratégias usadas para aprisionar as vítimas?
Elas são enganadas e, geralmente, já chegam com uma dívida inicial de 5 a 10 mil euros imposta pelos criminosos, que envolve compra de passagem aérea superfaturada, reservas falsas em hotéis e até documentos adulterados, já que muitas ainda são menores de idade. Essa dívida é cobrada no dia a dia e nunca é abatida. Há também ameaça constante. Uma das mais comuns é a de revelar no entorno social dessas vítimas que elas estão se prostituindo, o que gera o temor de se criar um estigma. Elas têm que estar disponíveis 24h por dia para os programas e há câmeras que as vigiam. Não podem recusar clientes ou as condições exigidas por eles, e o contato com o mundo exterior é totalmente controlado. Em casos de desobediência, são submetidas a castigos físicos, que vão desde agressões à violência sexual. Os relatos mostram que as máfias se sentem no direito de violar essas mulheres quando elas rejeitam clientes.
Como agia essa quadrilha descoberta em Alicante?
Estas brasileiras estavam em um “piso”, que é como chamamos estes apartamentos. Isso significa que provavelmente atendiam a um público sob demanda, atraído por anúncios em jornais e páginas na internet. A ordem dos criminosos nesses casos é: “quando conseguirmos clientes, vocês têm que estar disponíveis”.
Como é o dia a dia de quem está preso a essas redes na Espanha?
Muitas vítimas relatam que precisavam fazer entre 12 a 20 programas por dia. Já as mantidas em bordéis contam que eram obrigadas a fazer de 15 a 20. São programas que costumam durar de 10 a 30 minutos cada e custam em média 50 euros. O dinheiro é quase todo repassado aos criminosos para pagamento da tal dívida, além de valores cobrados por eles por moradia, alimentação, limpeza dos quartos e até pelos preservativos usados. São pessoas totalmente violadas física e psiquicamente. Em muitos casos, as câmeras as vigiam até quando estão com os clientes. São feitos vídeos de pornografia amadora sem consentimento, e os materiais são vendidos através da deep web.
Elas passam o tempo todo num só lugar?
Geralmente elas ficam 28 dias num local, recorte que coincide com o período menstrual, e depois vão sendo transladadas o tempo todo. As máfias têm muitos locais de exploração, até porque há essa demanda de clientes que querem sempre um “produto fresco”, ou seja, exigem que as opções sejam renovadas. Imagine só a cabeça dessas pessoas, sem noção de geolocalização, sem saber em quem confiar.
As máfias têm relação com o tráfico de drogas?
O tráfico de pessoas é um crime que costuma se conectar com o tráfico de drogas. Muitas dessas organizações criminosas também traficam drogas ou são financiadas por traficantes. Os relatos dão conta de que muitos desses criminosos obrigam que, nos casos de exploração sexual, as mulheres comprem e usem drogas para aguentar as rotinas exaustivas. Obrigam, inclusive, que elas vendam drogas aos clientes durante os programas. E essas pessoas acabam se apegando às drogas para conseguirem se desassociar daquela realidade. Na rotina da maioria das vítimas que entrevistei, de várias nacionalidades, elas contam que tomavam medicações constantemente; várias se tornaram viciadas em drogas ou viviam à base de antidepressivos.
Quando essas redes são descobertas pelas autoridades, o que acontece com a vítimas após o resgate?
Os instrumentos internacionais preveem que, quando é detectada uma vítima de tráfico humano, ela tem direito a reparação dos danos causados e à restauração de seus direitos. A Espanha firmou convênios internacionais sobre o tema, então no contexto espanhol se essa vítima denuncia a rede criminal que a cooptou ela é acolhida em programa do governo e pode solicitar residência numa casa de proteção. Para quem retorna ao Brasil, há um acordo bilateral com a Espanha que determina que essa pessoa seja assistida: o voo de volta deve ser pago pelas autoridades, e quando chega ao país ela tem que receber assistência integral para reintegração na sociedade. Mas eu trabalhei no Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (vinculado ao Ministério da Justiça) entre 2013 e 2016 e posso dizer: não temos um fundo de reparação para essas vítimas. Essas pessoas, quando retornam, acabam ficando muitas vezes à própria sorte, expostas à reincidência do assédio dessas quadrilhas.
A Espanha é principal destino de vítimas brasileiras. Para que lugares vão no país?
O tráfico de pessoas para exploração sexual aqui é bem distribuído, de Norte a Sul do país. Madri e Barcelona são portas de entrada de vítimas da América Latina, e a região da Galícia é o polo do negócio. Espanha, Portugal, Suíça e Itália recebem muitas vítimas brasileiras por conta da demanda por pessoas com traços miscigenados. A maioria das vítimas é de mulheres e LGBTQIAP+. No interior de estados como Goiás, Minas Gerais e Tocantins, eles conseguem aliciar facilmente vítimas com este perfil e em situação de vulnerabilidade.
Como o governo espanhol lida com a situação? Como no Brasil a prostituição não é crime?
A Espanha é o segundo principal destino de prostituição na Europa, atrás apenas da Alemanha. Aqui, a prostituição não é regularizada, mas tampouco é ilegal. É proibida a exploração da prostituição, mas não é proibida a realização da atividade em si. Em meio a um debate político aqui bem polarizado sobre a regulamentação ou não da prostituição como um trabalho, estudos mostram que a procura por serviços sexuais têm crescido muito entre os espanhóis. Cresceu, por exemplo, o consumo de prostituição entre jovens entre 18 e 25 anos, e isso precisa ser aprofundado.
A Prefeitura de Caxias (MA), por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Turismo, Juventude e Patrimônio Histórico, realizou nesse sábado (21), mais uma edição da Feira Gastronômica, na Rua das Sombrinhas, no Morro do Alecrim. As atrações musicais ficaram por conta de: Samba Muleki e Timão e Forró do Nordeste.
“Nós temos 12 anos do Samba Muleki na batalha. Obrigado ao nosso Prefeito Fábio Gentil pelo convite e nós estamos aqui para conferir muito pagode. Nós tocamos o pagode dos anos 90 e atualidade. Também adaptamos o Rock no pagode e chote para pegar um pouco do público”, destaca Carioca, vocalista do Samba Muleki.
Marcada pela participação massiva do público, a Feira Gastronômica “O Gosto Bom de Caxias” traz a cada edição pratos da culinária local, com uma variedade de opções da culinária caxiense e do Nordeste brasileiro, incentivando o empreendedorismo e valorização da culinária.
Os caxienses e visitantes se multiplicam a cada final de mês, quando a Feira é realizada para consumir os melhores pratos preparados pelos vendedores e uma grande variedade de outras opções: arroz, costela de porco, farofa, panelada, panquecas, cachorro-quente de prato, caldos, tapiocas recheadas, sucos, vitaminas, espetinho gourmet, fritas, feijoada, creme de galinha, arrumadinho de carne moída, Maria Isabel, lombinho de porco, assado com farofa, vatapá, tapioca, pastel, hambúrguer, pizzas, pães recheados, mini pizzas, creme de galinha, crepe, arroz de cuxá, farofa de tripa, tira-gosto, bolo de coco com ganache de cacau 70%, brownie, bolo cacau supremo, pizza fit, sanduíche natural de frango, canjica 0% lactose e bolo de milho 0% glúten e lactose, massas, panquecas, salgado, panelada, costela suína no molho barbecue, linguiça artesanal, assado em tiras, batata com bacon artesanal, arrumadinho (arroz de costela e galinhada da comadre) paçoca, costelinha de porco no barbecue, açaí, lasanha à moda da casa (rancheira e bacon), escondidinho de carne seca e macaxeira, cerveja, dentre outras.
“Drink não é tudo igual. Tem que ter uma base alcóolica. A gente usa as frutas regionais: maracujá, abacaxi, dentre outras. Sempre buscamos trazer uma novidade. A gente trabalha na Feira Gastronômica e Feirinha da Gente, isso nos dar visibilidade”, lembra Anne Cunha, empreendedora.
“Vendemos geleia apimentada, temos vários sabores: morango, abacaxi, maçã, dentre outras. A geleia você pode comer no churrasco e torrada, as pessoas amam uma carne assada com geleia”, frisa Vagna Maria, empreendedora.
“Na banca da Associação dos Artesãos a gente trouxe creme de galinha, lasanha, panqueca e mingau de milho. Tudo é revertido para a associação. Nós percebemos que era uma renda a mais para agregar na associação”, destaca Conceição Oliveira, empreenderora.
Por conta do Natal Iluminado, a Feira Gastronômica que acontece geralmente uma vez no final de cada mês, no mês de dezembro irá acontecer na sexta, sábado e domingo, como explica o secretário, Léo Barata.
“Queremos dizer aos nossos colaboradores da Feira Gastronômica que venham sempre nos prestigiar no terceiro sábado do mês na nossa festa que no mês de dezembro, todos precisam se preparar porque será na sexta, sábado e domingo aqui no Morro do Alecrim. Teremos uma programação espetacular com a presença inclusive do Padre Fábio de Melo”, disse Léo Barata, secretário municipal de Cultura, Esporte, Turismo, Juventude e Patrimônio Histórico.
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