Em números, dos 47 deputados do PP, apenas 29 votaram a favor do PL das offshores, o que representa uma adesão de 61%
Horas antes da votação do PL das offshores e fundos exclusivos, o presidente Lula formalizou a troca no comando da Caixa Econômica Federal, entregando o banco para um indicado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O projeto foi aprovado com 323 votos sim e 119. Lira teve papel decisivo na articulação dentro da Casa, mas não foi capaz de garantir a maciça adesão do seu partido, o PP.
Ao contrário dele, o Republicanos, cujo presidente Marcos Pereira repete o discurso de que é independente, garantiu quase a totalidade da bancada alinhada ao governo.
Essa taxa entre os parlamentares do Republicanos chegou a 81%, com 35 votos sim dos 41 deputados da sigla, inclusive do líder, o deputado Hugo Mota, e de Pereira, que também é vice-presidente da Câmara e já articula o nome dele na sucessão a Lira.
O PL das offshores e fundos exclusivos é considerado uma das prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que anda às voltas para fazer caixa e assegurar o cumprimento do novo arcabouço fiscal. Cálculos da equipe econômica do governo indicavam que a taxação dessas aplicações financeiras, entidades controladas e trusts no exterior poderia significar o aporte de R$ 20 bilhões aos cofres públicos somente no ano que vem.
O texto seguiu para votação do Senado.
Por O antagonista
Publicado em: Política