Titular da Justiça confirmou que imagens do ministério foram apagadas, culpou empresa privada e alegou que não tinha o “dever legal” de preservá-las
A CPMI do 8 de janeiro vem cobrando do ministro da Justiça a entrega da íntegra das gravações. Primeiro, Dino não entregou as imagens alegando que elas faziam parte de um processo sigiloso. Só depois de uma decisão do STF ordenando a liberação ele enviou cenas captadas pelas câmaras do MJ, mas apenas uma parte.
“Não há dever legal”, disse Flávio Dino ao ser questionado sobre as imagens apagadas. “Tanto é que o mesmo problema aconteceu no Senado. O mesmo problema que aconteceu aqui, que é contratual. E isso acontece nas empresas privadas também. E eu não sabia disso, porque não sou gestor de contrato.”
Dino declarou ainda que “só soube agora” quais imagens a Polícia Federal havia recolhido e afirmou que o número 2 do ministério, Ricardo Cappelli, estava tentando recuperar o conteúdo para entregar à CPMI.
O ministro ainda ironizou o sumiço das imagens: “Essas imagens não vão mudar a realidade dos fatos. Não vai aparecer um disco voador, não vão aparecer infiltrados e não vai aparecer a prova desse terraplanismo que inventaram para ocultar a responsabilidade dos criminosos. Esses que ficam falando em omissão [do governo] são os amigos dos terroristas”.
Como publicamos mais cedo, a oposição já solicitou o contrato das câmeras de segurança do Ministério da Justiça.
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Publicado em: Política