A Justiça do Paraná entende que os animais são seres com sentimentos e que sabem o que acontece à sua volta
Mais de 200 cachorros foram aceitos para participar de um processo judicial no Paraná (PR) contra a ex-tutora deles. Eles serão assistentes de acusação na ação, que foi movida pela ONG que os resgatou no começo deste ano de um canil em Curitiba.
O advogado da ONG explicou que se baseou em um artigo do Código Penal, que prevê a participação, como assistente do Ministério Público (MP), do ofendido ou seu representante legal.
De acordo com o defensor, ao serem abandonados, os animais também foram ofendidos.
“É claro que a gente não imagina o animal participando de audiência, mas o fato deles serem representados por um advogado, que possibilite que o animal receba uma indenização, isso é perfeito, porque até então, nada disso acontece”, disse a presidente da ONG, Carla Negochadle, ao site g1.
Os cães foram encontrados pela ONG vivendo em meio a sujeira, passando fome e sede. Dois deles morreram poucos dias após o resgate. Metade dos animais já foi adotada.
Já a dona do canil chegou a ser presa e denunciada por maus-tratos.
De acordo com a Justiça do Paraná, os animais são seres com sentimentos e que sabem o que acontece à sua volta.
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