Dois vídeos obtidos pelo Metrópoles mostram o religioso em momentos íntimos que não configuram crime, mas que vão contra os preceitos da Igreja Católica Apostólica Romana. A regra da entidade religiosa prevê que um sacerdote, no ato de seu ordenamento, faça voto de castidade e, a partir daquele momento, deixe de se relacionar sexualmente, seja com homens ou mulheres.
Ao fim da celebração, os fiéis ali presentes foram orientados a não acreditar nos materiais jornalísticos que foram publicados mais cedo. “Não acreditem nas notícias que estão saindo por aí”, reforçou o diácono conhecido como Fernando. “Que imprensa é essa?”, questionou o homem do clero sobre a transa profana.
A cerimônia foi marcada por uma mudança de hábito na paróquia. Segundo uma fiel, essa foi a primeira celebração de um diácono na São Camilo. Nesta função, o religioso não celebra missa, ele faz a “celebração da palavra”, já que não pode consagrar. Desta forma, as hóstias são preparadas anteriormente e ficam no sacrário, aguardando o momento religioso. Também diferente de um padre, não é permitido ouvir confissões, mas está autorizado a ser casado.
“Bem raro, só quando os padres estão envolvidos em alguma atividade”, acrescentou outra frequentadora da Paróquia São Camilo. No fim da missa, um fiel vociferou: “Temos de ser fortes. Nossa igreja precisa de força”, enquanto saía de muleta pela porta.
Em rodinhas de conversa na saída da Igreja, os grupos passavam orientação para deixar a “poeira baixar”. “Não é sobre acreditar ou não, é sobre não divulgar”, aconselhou uma cristã a outras senhoras. “É para não ficar mexendo nesse assunto”, emendou outra. “Por fim, a terceira da roda concluiu que se tratava de “obra do satanás”. “As portas do inferno não prevalecerão”, bradou a fiel.
A reportagem apurou que o clima estranho já pairava na cúpula da igreja desde domingo (23/4). Na missa da manhã, foi pedido aos fiéis que rezassem pelo padre José Maria.
Metropoles
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