Geraldo Alckmin apresentou ao Brasil a ‘PEC da Gastança’, que contém o DNA da malandragem contábil que precipitou o fim do segundo mandato de Dilma Rousseff e rendeu processos a integrantes de sua equipe econômica, como Guido Mantega, Arno Augustin e Nelson Barbosa.
A ‘PEC argentina’ propõe uma mudança constitucional para permitir que Lula cumpra a promessa de pagar os R$ 600 do Bolsa Família ao longo dos 4 anos de mandato. A canetada garante um gasto de R$ 70 bilhões a mais do que o previsto no orçamento original, totalizando R$ 175 bilhões. Essa conta inclui também merenda escolar, farmácia popular e 0,1% do PIB em obras.
Além de não apontar qualquer fonte de financiamento, a retirada do Bolsa Família do teto (os R$ 400 originais + os R$ 200 extras) abre, por via indireta, um espaço orçamentário equivalente a R$ 100 bilhões para o futuro presidente gastar como quiser.
Na prática, a conta é de R$ 275 bilhões, mas pode facilmente chegar a R$ 300 bilhões, depois que tramitar pelas mãos do Centrão no Congresso. Sem contrapartida, promessa de reformas, gatilho ou taxação de grandes fortunas.
Lembra quando Henrique Meirelles disse que o governo de Jair Bolsonaro havia deixado um rombo de R$ 400 bilhões? Ao fim de 2023, o PT poderá dizer que, depois de toda essa farra fiscal, ainda economizou R$ 100 bilhões.
Seja Meirelles ou qualquer outro, o próximo ministro da Fazenda terá de concordar em entrar num jogo cujas regras estão sendo modificadas neste instante. Terá de concordar em morar pelos próximos 4 anos numa casa sem teto, sem portas e sem fundos.
Em resumo, a primeira ação concreta do futuro governo Lula é uma ode à irresponsabilidade fiscal. Malandro que é, o ex futuro presidente partiu para o balneário egípcio de Sharm el-Sheik e deixou a corneta do apocalipse econômico nas mãos de Alckmin, o ex-tucano que prometia trazer o PT para o Centro, mas terminará seus dias cantando o hino da Internacional Socialista.
Faz o L!
Publicado em: Política