Êpa!!! Deputados do PL usavam grupo armado para desviar emendas, diz PF

Publicado em   11/mar/2022
por  Caio Hostilio

Parlamentares ainda pegavam dinheiro com agiota, que era pago, em espécie, com montantes desviados de emendas parlamentares.

Em inquérito encaminhado ao STF, a Polícia Federal (PF) relata ter encontrado indícios de que deputados do Partido Liberal (PL), liderados pelo deputado federal Josimar Marahãozinho , utilizaram-se de grupos armados e extorsões para movimentar emendas parlamentares. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com o veículo, participavam das supostas ações criminosas outros dois parlamentares da bancada: Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE). O trio foi, inclusive, alvo, nesta sexta-feira (11/3), de mandado de busca e apreensão em residências ligadas aos parlamentares.

Para cometerem as irregularidades, os deputados pegavam dinheiro emprestado de um agiota, identificado como Josival Cavalcanti da Silva, o “Pacovan”, e, posteriormente, o pagavam com dinheiro das emendas parlamentares – tudo com quantias em espécie.

Segundo a PF, Maranhãozinho é “quem está à frente da estrutura criminosa”. “Capitaneia não somente a dos recursos públicos federais oriundos de emendas para os municípios, mas também orientando a cobrança ao exigir dos gestores municipais a devolução de parte dessas verbas”, diz a PF, em trecho reproduzido pelo jornal.

O deputado é ex-prefeito do município de Maranhãozinho e, hoje, lidera o diretório maranhense do Partido Liberal. Depois de dois mandatos como deputado estadual, foi eleito para uma cadeira no Congresso Nacional com votação recorde. Ele se candidatou ao governo do Maranhão para as eleições do ano que vem.

Maranhãozinho é o protagonista de pelo menos duas investigações que transitam no Supremo para apurar o esquema de compra e venda de emendas parlamentares em funcionamento no Congresso. Além dele, um senador da República e outros dois deputados federais são investigados.

O deputado é suspeito de pagar para que colegas parlamentares se juntem a ele no desvio de emendas a municípios controlados por seus aliados políticos que contratam empresas ligadas ao esquema logo após receberem as verbas, para devolver o dinheiro lavado e em espécie. A investigação começou no primeiro semestre de 2020, e desde então corre sob absoluto sigilo.

  Publicado em: Política

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