Depois que o novo coronavírus surgiu na China, no final de 2019, a corrida para o trabalho remoto esvaziou torres de escritórios do Canary Wharf, em Londres, deixando milhões de trabalhadores isolados em suas residências.
Fazer malabarismos com conexões de internet domésticas às vezes instáveis, crianças frustradas em quarentena e ligar o som — ou não — em videochamadas muitas vezes sem qualquer objetivo com colegas de trabalho se tornaram a norma para muitos trabalhadores.
No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson está suspendendo as últimas, incluindo a recomendação do trabalho remoto. Boris aposta que o surto provocado pela Ômicron atingiu o pico, afirmando que o mundo precisa viver com a Covid-19 e que as economias não podem permanecer paralisadas por muito mais tempo.
Seu ministro das Finanças disse que Londres vai se recuperar à medida que aprender a viver com a doença, que infectou 106.533 pessoas no Reino Unido nas últimas 24h.
— É algo com que temos que conviver. E, se vamos viver com isso, acho que quanto mais cedo voltarmos ao mundo pré-Covid, melhor em termos de práticas no local de trabalho — afirmou Kwarteng.
O ministro disse que estava tentando aumentar o número de pessoas que trabalham presencialmente nos ministérios. Ele afirmou que cerca de 50% dos funcionários de sua pasta estava de volta..
Algumas empresas têm incentivado as pessoas a voltarem ao trabalho. O CEO da Goldman Sachs chamou o trabalho em casa de “aberração”, enquanto o presidente do grupo de supermercados Asda, Stuart Rose, disse que tinha trabalhado no escritório durante toda a pandemia.
— Não posso acreditar que tenhamos uma nação sentada em casa agora — disse Rose. — [O coronavírus] é algo com o qual temos que viver agora — afirmou.
Outras empresas, especialmente no setor de tecnologia, ofereceram opções de trabalho híbrido para aqueles funcionários que tiveram uma redução nos tempos de deslocamento e maior flexibilidade.
Em Londres, os andares inteiros das torres em Canary Wharf permanecem vazios, enquanto muitas empresas continuam fechadas. Algumas lojas de alimentação foram à falência, enquanto o uso do transporte está muito abaixo dos níveis pré-pandêmicos.
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