Os advogados do mensaleiro José Dirceu pediram ao STF (Supremo Tribunal Federal) que investigue “a disseminação de notícias falsas envolvendo seu nome, com ataques extremamente ofensivos, vulgares e graves a ministros” da própria corte. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro mencionou um “Daniel” que ameaça um ministro com vídeos impróprios. A declaração de Dirceu dá a entender que esse seria deu codinome.
Os advogados mencionam essa história e citam sobre o fato de que ele teria vídeos que poderiam causar embaraço a magistrados da Corte, e que estaria usando as imagens para chantageá-los —levando-os a tomar posições contrárias aos interesses do Brasil.
“Em uma narrativa absolutamente desvairada, divulgada inicialmente em blogs obscuros da internet e, infelizmente, amplificadas pelo perfil de rede social do Exmo. Presidente da República, as fake news dão conta da estapafúrdia e abjeta ideia de que o peticionário estaria chantageando ministros dessa Corte, mediante vídeos de conteúdo fantasioso e absolutamente inverossímil, no intuito de obter decisões que lhe fossem favoráveis”, dizem os advogados ao STF.
No dia 4 de julho, Bolsonaro escreveu em seu perfil na rede: “Vamos supor uma autoridade filmada numa cena com menores (ou com pessoas do mesmo sexo ou com traficantes) e esse alguém (“Daniel”) passe a fazer chantagem ameaçando divulgar esse vídeo. Parece que isso está sendo utilizado no Brasil (importado de Cuba pela esquerda) onde certas autoridades tomam decisões simplesmente absurdas, para atender ao chantageador (“Daniel”). Quando nada têm contra seu alvo principal, vão para cima de filhos, parentes, e amigos do mesmo. Inquéritos e acusações absurdas, … Daí quebram sigilos, determinam buscas e apreensões, decretam prisões arbitrárias, etc…”.
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