Nesta quinta-feira (1), a CPI da Covid-19 no Senado ouve Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply e denunciou um suposto pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina da AstraZeneca para fechar contrato com o Ministério da Saúde. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), disse que acha ‘Absolutamente estranha’ na atuação do PM na CPI, e que se trata de um ‘golpe’.
“O depoente não tem nenhum currículo para representar uma multinacional numa negociação internacional desse porte”, afirma o tucano. “Vacina não é uma commodity, esse conjunto me faz crer que isso é um golpe“.
“A AstraZeneca, em seu nível de compliance, nunca aceitaria, tendo um acordo com a Fiocruz, se negaria a fornecer insumos e vacinas e, ao mesmo tendo, oferecer 400 milhões de doses através de um atravessador. Isso é inverossímil, isso não existe”, disse. Na sequência, Tasso Jereissati mencionou o fato de Dominguetti, um policial militar lotado em Minas Gerais, ter sido escolhido como representante da Davati Medical Supply. “A Davati, com essa responsabilidade toda, escolhe uma pessoa que não tem um currículo que pode ser justificada para essa operação”, disse o tucano.
“Uma empresa multinacional, ao apontar um representante, vai olhar seu currículo, sua história para encarregá-lo. Escolheram a pessoa que pode ser bem intencionada, mas não tem o menor currículo, a menor qualificação, para ser sua representante. Isso também é muito estranho. Alguém estava tentando dar um golpe. Não sei se era a Davati, o senhor Dominguetti ou Cristiano. Isso tudo não existe, isso tudo é um golpe”, ressaltou.
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