Bom, a Rede Globo nem sempre foi um antro de esquerdismo. Ela nasceu em 1925 pelas mãos do renomado jornalista Irineu Marinho, que morreu no mesmo ano, ficando a cargo de seu filho, Roberto, tocar o recém criado jornal ”O Globo”.
Nos anos 1930, o jornal adotava uma linha anticomunista, e em 1944 e 1950 Roberto Marinho apoiou o candidato a presidente do partido conservador UDN. Em 1955, Marinho recebeu a concessão pública para um canal de TV, inaugurando a TV Globo.
Em 1961, insatisfeito com o governo populista e cada vez mais socialista do presidente João Goulart, Roberto Marinho passou a fazer oposição a ”Jango”, como o presidente era conhecido. E então veio o golpe militar de 1964. Leia esse trecho de uma matéria do ”O Globo”:
“O povo está cansado das mentiras e das promessas de reformas demagógicas. Reformas sim, nós a faremos, a começar pela reforma da nossa atitude. De hoje em diante os comunistas e seus aliados encontrarão o povo de pé. […] Com Deus, pela Liberdade, marcharemos para a Salvação da Pátria!”
E foi durante o regime militar que as Organizações Globo cresceram absurdamente. Em 1984, Roberto Marinho publicou um editoral intitulado ”Julgamento da Revolução”, reafirmando o apoio ao golpe de 64:
”Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das lnstituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada.”
Roberto Marinho morreu em 2003. Desde então, as Organizações Globo caminharam solidamente rumo ao esquerdismo. E embora Willian Bonner tenha lido um editoral da Globo em 2013, dizendo que o apoio ao Regime Militar ”foi um erro”, nós duvidamos muito que Roberto Marinho concordaria, se vivo estivesse.
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