O evento, que contou com a presença do presidente Jair Messias Bolsonaro, reinaugurou a torre de 52 metros que foi construída em 1964 e é considerada um símbolo marcante do entreposto, cuja área total é de 60 mil metros quadrados, localizado na Vila Leopoldina, uma região que teve alta valorização imobiliária nos últimos anos.
Durante o evento, uma multidão de trabalhadores do centro de abastecimento tomou conta das partes interna e externa da CEAGESP e aclamava o presidente ao som de “Mito, Mito, Mito”, apelido carinhoso dado pelo povo brasileiro, quando ainda era deputado federal pelo PSL e lutava, sozinho, contra pautas da bancada esquerdista na Câmara.
Jair Bolsonaro agradeceu a simpatia e a recepção acolhedora dos trabalhadores e disse:
“Em qualquer lugar que eu ande pelo Brasil, há uma enorme simpatia e afeição por parte do povo. Buscamos, desde o primeiro dia, fazer o melhor. E mais: governar pelo exemplo. Meus amigos, o Brasil tem tudo para ser uma grande nação. Depende de cada um de nós e tenho certeza, com o povo ao nosso lado, nós mudaremos o destino do Brasil”, esclarecendo que, num primeiro momento, tomou conta das questões maiores, vinculadas à Brasília e, posteriormente, “começamos a olhar o Brasil com um pouco mais de profundidade e chegamos aqui na CEAGESP.”
A receptividade muito positiva do povo foi em referência ao novo presidente, escolhido por Bolsonaro, para administrar o local e acabar com as máfias que exploravam os funcionários do centro de abastecimento de São Paulo. O coronel da reserva da PM-SP, Ricardo Mello Araújo, desmontou vários esquemas de corrupção que cobravam mensalidades, de R$ 60,00 a R$ 130,00, dos colaboradores da CEAGESP. O fim das taxas foi muito comemorado entre os prestadores de serviço e elogiado pelo presidente, durante o evento.
“O coronel chegou e já começou a tomar providências. Coisas que eram inimagináveis para nós. Por exemplo: cobrar de 4 mil carregadores, R$ 60,00 de cada um por mês (momento em que foi ovacionado). Para as pessoas humildes, isso faz falta. Isso é muito dinheiro. Isso dava o equivalente a R$ 240 mil por mês, não-contabilizados, que ia pro bolso de algum vagabundo que andava por aqui (seguem os aplausos). Deixo claro que nós estamos atrás desse vagabundo e vocês vão nos ajudar a identificá-lo”, disparou.
Em seguida, ele disse que outro “imposto” era cobrado das “cafezeiras”:
“Tínhamos também das cafezeiras, que eram cobrados R$ 130,00 por mês. É um crime cobrar de pessoas humildes seja o que for. Mas, cobrar R$ 130,00 é um absurdo”, lamentou, repudiando a ação.
“Isso já não existe mais porque o coronel Mello Araújo assumiu com carta-branca. Nenhum diretor foi indicação minha, nem de ninguém. Toda a CEAGESP é de responsabilidade dele e ele está trocando (toda a diretoria). Ou melhor: pediram pra sair. Ou muda de profissão ou muda de local, resolvendo ser vagabundo em outro lugar”, falou, completando que ainda existia uma outra taxa irregular denominada de “máfia dos caixotes”.
“Nós não compactuaremos com a corrupção. O meu governo está completando dois anos e nenhum ato de corrupção em nosso governo. Isso é obrigação da nossa parte, mas tomamos todas as medidas preventivas para que isso não aconteça”, sinalizou, explicando que a CEAGESP não será privatizada.
“Eu quero deixar bem claro pra vocês: enquanto eu for presidente da república, essa é a casa de vocês”.
“O que vocês precisarem, vocês serão atendidos, porque eu sou empregado de vocês. Pra mim, o que basta é a gratidão de vocês, sentimento de servir à pátria, e agir ao lado de pessoas honestas e trabalhadoras pra mudar o destino do Brasil”, concluiu, adiantando que outras decisões importantes ainda serão tomadas.
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