Esse bloqueio só vem mostrar que o advogado de Lula faz parte de todo o esquema de corrupção já montado no Brasil.
O juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio, determinou o bloqueio de até R$ 237,3 milhões em bens de Cristiano Zanin e de seu escritório de advocacia com Roberto Teixeira.
A medida foi determinada no início do mês no âmbito da Operação E$quema S, que investiga desvios de ao menos R$ 151 milhões da Fecomércio do Rio para bancas de advocacia que, segundo as investigações, vendiam a Orlando Diniz influência junto ao STJ e ao TCU.
O objetivo é ressarcir não só a Fecomércio, mas também o Sesc e o Senac do Rio, que eram controlados por Diniz e de onde a maior parte dos recursos saíram, segundo as investigações da Lava Jato do Rio, no Ministério Público Federal.
O valor cobrado de Zanin servirá, segundo a decisão de Bretas, não só para reparar os cofres das entidades, mas também como indenização por danos morais.
“Nada mais coerente que designar o montante da reparação tomando por base os valores, em tese, recebidos por cada advogado (escritório) nas supostas contratações irregulares efetivas pela Fecomércio, bem como aqueles repassados indevidamente a sujeitos responsáveis, em tese, por influenciar em julgamentos no STJ e TCU”, escreveu Bretas na decisão, cujo sigilo foi retirado hoje.
Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral, teve R$ 70,8 milhões bloqueados.
Abaixo, a lista dos valores bloqueados de cada advogado, de suas empresas e bancas de advocacia:
A Polícia Federal apreendeu 50 pastas no escritório de Cristiano Zanin na Operação E$quema S, deflagrada no dia 9 para aprofundar as investigações sobre desvios da Fecomércio do Rio.
No pedido enviado a Gilmar Mendes para anular a busca, o advogado de Lula afirmou que o local foi “devassado ilegalmente” por ordem de Marcelo Bretas, uma vez que foram recolhidos documentos e materiais não ligados ao caso e protegidos por sigilo profissional.
A ordem do juiz mandava a PF recolher “documentos que digam respeitos aos fatos aqui apurados”, mas segundo Zanin, os agentes resolveram “bisbilhotar e confiscar” materiais que estavam numa sala ao lado da que ele utiliza no escritório.
Além dos papéis, a PF também apreendeu, segundo o advogado, gravações telefônicas de conversas que manteve com Lula interceptadas por ordem de Sergio Moro em 2016. O material foi invalidado pela Justiça, que determinou sua destruição, mas entregou cópia a Zanin.
O advogado de Lula quer usar as gravações no julgamento no STF que poderá declarar a suspeição de Sergio Moro e invalidar as condenações do ex-presidente na Lava Jato.
Publicado em: Política