O governo conseguiu impedir nesta 5ª feira (20.ago.2020) que a Câmara derrubasse o veto do presidente Jair Bolsonaro à possibilidade de servidores públicos terem reajuste salarial até o fim de 2021. Na véspera, o Senado votou pela rejeição. Caso o veto caísse, seria uma grande derrota para o governo, com potencial de trazer custo extra de R$ 120 bilhões, segundo os cálculos da equipe econômica.
Foram 316 votos a favor da manutenção do veto e 165 contrários, com duas abstenções. Para que houvesse derrubada, eram necessários ao menos 257 votos, maioria absoluta da Câmara.
O congelamento dos salários dos servidores até o fim do ano que vem foi estabelecido pelo pacote de socorro aos Estados. O texto que saiu do Congresso, porém, abria exceções (como para militares e policiais, entre outros). Houve anuência do governo nesse trecho durante a tramitação. Depois, a equipe econômica agiu e essa parte acabou vetada.
O esforço do governo e dos demais apoiadores do veto incluiu uma reunião no final da manhã desta 5ª feira (20.ago). Na saída, Maia deu entrevista a jornalistas rodeado de caciques da Casa.
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