As descobertas, publicadas no periódico científico The New England Journal of Medicine na 4ª feira (17.jun.2020), levam a acreditar que pessoas com sangue tipo A correm risco maior de desenvolver sintomas mais intensos quando infectadas pelo novo coronavírus.
No auge da epidemia na Europa, pesquisadores analisaram os genes de mais de 4.000 pessoas em busca de variações que são comuns naqueles que foram infectados pelo vírus e desenvolveram casos graves de covid-19.
Os pesquisadores, liderados pelos médicos Andre Franke, da Universidade Christian-Albrecht de Kiel, na Alemanha, e Tom Karlsen, do Hospital Universidade de Oslo, na Noruega, também descobriram uma relação entre a gravidade da covid-19 e o tipo sanguíneo. O risco de casos graves de covid-19 é 45% maior para pessoas com sangue tipo A do que pessoas com outros tipos sanguíneos, e parece ser 35% menor para pessoas com sangue tipo O.
“As descobertas oferecem pistas específicas sobre os processos de doenças que podem acontecer na covid-19 grave“, disse Karlsen à Reuters, observando que pesquisas adicionais são necessárias antes de as informações se tornarem úteis.
“A esperança é que esta e outras descobertas apontem o caminho para uma compreensão mais abrangente da biologia da covid-19“, escreveu Francis Collins, diretor dos institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos e especialista em genética, em seu blog na 5ª feira (18.jun).
“Elas também sugerem que 1 exame genético e o tipo sanguíneo de uma pessoa podem fornecer ferramentas úteis para identificar aqueles que podem correr mais risco de uma doença grave“, disse.
Com informações da Agência Brasil
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