Nestes últimos dias têm se presenciado as letras sendo escritas nos livros da História do Brasil e o Supremo não entendeu nada.
Não entendeu que o Povo Brasileiro, é, em sua essência, cristão, conservador e patriota.
Também não entendeu que o brasileiro é cristão, conservador e patriota, mas, que, para o bem e para o mal, em nada disso, é fundamentalista. Sim, o brasileiro é um povo que abraça todas as religiões e confissões de fé, ou de ausência de fé; modismos e novidades.
Somos cristãos que acreditam em simpatias, mandingas, e presságios. Acreditamos que não se deve passar debaixo de escadas, e que devemos entrar com o pé direito. Somos espíritas que acreditamos nos santos católicos, nas orações fortes evangélicas. Somos ateus dizem pelo amor de Deus.
Somos conservadores que reconhecem os direitos inerentes De toda sorte de tendências e gêneros sexuais, somos defensores da família tradicional que compreende as novas formas da família do século XXI, defendemos a vida e a pena de morte, e admitimos o aborto em um sem número de situações.
Somos patriotas, mas não nos libertamos do complexo de vira latas. Admiramos tudo o que vem de fora, e consideramos que aquilo que é bom, possivelmente não será “made in Brazil”.
O brasileiro de direita bebe na fonte do conservadorismo inglês, se espelha no livre mercado norte-americano, e no direito romano.
O brasileiro de esquerda se inspira na “Liberté, Egalité, Fraternité” francês, no fim do capitalismo da Revolução Russa, mais recentemente, em nosso continente, sonha em implantar o socialismo do século XXI, nos moldes cubanos Fidel e Chê e bolivarianos de Chaves e Maduro.
Entre estas duas bigornas está o brasileiro médio, que vende o almoço para comprar o jantar, buscando encontrar um meio de transformar o limão em limonada.
O Supremo não entendeu que este brasileiro, com todas suas contradições, entendeu que tem que aceitar-se como é, e tem que seguir em frente.
E para seguir em frente escolhemos um projeto político que procure garantir o fim da corrupção, da impunidade, mas, que ao mesmo tempo, nos dê a liberdade do continuar escolhendo ser esse povo contraditório.
O Supremo não entendeu que queremos liberdade, igualdade e fraternidade.
Liberdade para escolher. Liberdade para corrigir nossas escolhas erradas. Liberdade para eleger, e liberdade para apear do poder aquele que nos decepcionarem.
Igualdade de condições para que as características personalíssimas de cada indivíduo sobressai. Queremos ter igualdade? Sim. Queremos ser iguais? Não. Neste mundo de Deus, a igualdade só é encontrada na morte, pois que, na vida, enquanto vivo, cada um humano é um ser único.
O Supremo não entendeu que queremos o direito de exercer a Fraternidade. E de não exercer também. Ninguém pode ser compelido a ser fraterno.
Fraternidade imposta, é violação do direito de ser humano. A Fraternidade deve suportar a fraqueza do fraco. Quem se julga a si mesmo fraterno deve abrir do seu direito de comer carne, se isso for escandalizar o mais fraco.
E abrir mão desse direito, deve ser um direito. Nada imposto é direito, é obrigação.
O Supremo não entendeu que o Brasil escolheu por trinta anos alcançar seu futuro através de um projeto da esquerda, e agradecemos todos os evidentes avanços que a esquerda trouxe.
Mas agora, queremos experimentar o outro lado da moeda, queremos ver como é esse negócio de meritocracia, queremos saber como é ter um Estado que não nos sufoque. Queremos ser recebidos numa repartição pública como patrões, e não como servos, não como se o serviço prestado fosse uma esmola, um favor.
O Supremo não entendeu que queremos Líderes, não ditadores. Queremos o direito de exercer livremente nosso direito de liberdade de expressão. Não queremos censura. Queremos liberdade, não queremos restrições de cada um de nossos direitos. Como diz a Esquerda: “nenhum direito a menos”.
Queremos ir, e vir. Ficar e sair.
O Supremo ainda não entendeu que sua função primordial é a guarda da Constituição, e seus princípios conforme propôs o Poder Constituinte em 1988. E não regular a vida privada de cada cidadão.
Por fim o Supremo não compreendeu que hoje, alguns de seus ministros do Supremo estão escrevendo linhas negras nos anais de sua história.
O Supremo não entendeu nada.
Pelo Dr. Denílson Faleiro de Souza.
Publicado em: Política