De acordo com analistas do mercado, a atividade econômica dá sinais de contração e o PIB (Produto Interno Bruto) deve ter forte queda no 1º trimestre de 2020 e ao longo do ano. Os impactos da pandemia de covid-19 são os principais fatores.
As medidas de confinamento começaram a ganhar força nos Estados na 2ª quinzena de março deste ano. O maior impacto deverá ser sentido no 2º trimestre do ano. Ainda é incerto o prazo das medidas e a intensidade do efeito que isso poderá gerar na economia.
As projeções do mercado para a atividade econômica indicam queda de 3,76% no PIB do Brasil em 2020. O FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial estimam retração igual ou superior a 5%.
Quanto mais baixa a taxa Selic, maiores são os estímulos para a economia. Os juros básicos também são usados para controlar a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O mercado financeiro estima que o percentual será de 1,97%, bem abaixo do centro da meta, que é de 4%. Para o governo federal cumprir o objetivo inflacionário, o índice precisa terminar o ano entre o intervalo de 2,5% a 5,5%.
Mesmo a Selic no menor patamar da história não está sendo suficiente para estimular a economia, tanto que a demanda baixa limita a alta de preços. Há uma discussão entre analistas do mercado sobre o possível fim do efeito da flexibilização da monetária.
Ou seja, cortes adicionais não seriam suficientes para elevar a inflação e elevar o crescimento do PIB.
Outro ponto visto como negativo é que a queda dos juros desestimula investimentos estrangeiros no país, o que eleva o preço do dólar. A moeda norte-americana está cotada a R$ 5,59 (às 16h15) nesta 3ª feira (5.mai.2020). Há 1 ano estava perto de R$ 3,96.
Por Poder 360
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