O Banco Central anunciou nesta 2ª feira (23.mar.2020) que vai reduzir os depósitos compulsórios de bancos sobre recursos a prazo no montante de R$ 68 bilhões. Temporariamente, a alíquota passará de 25% para 17%.
Os depósitos compulsórios são recolhimentos feitos pelas instituições financeiras ao BC, como 1 instrumento para influenciar a quantidade de moeda no mercado. Na prática, a redução do dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central faz com que haja um volume de recursos maior para que eles possam emprestar. Isso, em tese, também pode provocar uma redução na taxa cobrada pelas instituições.
A nova alíquota vai valer a partir da próxima 2ª feira (30.mar.2020) e ficará neste patamar até dezembro, segundo a autoridade monetária.
O Banco Central já havia diminuído a alíquota de 31% para 25% no dia 20 de fevereiro, liberando R$ 49 bilhões para o mercado.
“Em 14 de dezembro, caso a economia tenha atravessado a pandemia da Covid-19, a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo será recomposta ao patamar anterior de 25%”, disse a autoridade monetária.
EMPRÉSTIMOS
Além disso, o CMN (Conselho Monetário Nacional) permitiu que o Banco Central ofereça empréstimos aos bancos garantidos em debêntures adquiridas entre 23 de março e 30 de abril deste ano. Trata-se de uma “Linha Temporária Especial de Liquidez”.
“O objetivo da linha é prover liquidez ao mercado secundário de dívida corporativa, fortemente afetado pela recente turbulência verificada nos mercados financeiros internacional e nacional, fruto dos reflexos da propagação do Coronavírus”, afirmou o comunicado.
Como garantia adicional dos empréstimos, haverá os recolhimentos compulsórios do banco no mesmo montante da operação. O BC quer aumentar a liquidez no mercado secundário de dívida privada, minimizando os efeitos da crise sobre os mercados de capitais.
O Banco Central comunicou que a medida também tem sido adotada por outras autoridades monetárias internacionais.
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