Por unanimidade, os três desembargadores, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), decidiram pela anulação do júri popular que decretou absolvição de Maurício da Mota Dutra, conhecido como Docó, assassino de José de Andrade Arruda Filho, o Arruda Filho.
O crime foi de grande repercussão registrado em 2003, na cidade de Grajaú, centro-sul do Maranhão. Após o assassinato, Docó passou 14 anos foragido, sendo preso em 2017, no Rio de Janeiro.
No júri realizado no dia 18 de outubro de 2018, Maurício da Mota Dutra, apesar de ter premeditado o crime, foi absolvido pelo tribunal do Júri popular de Grajaú.
O Ministério Público Estadual (MP-MA), por meio do promotor de Justiça Crystian Gonzalez Boucinhas, com apoio da defesa, recorreu da decisão de outubro, e os desembargadores da 1ª Câmara Criminal decidiram, nesta terça-feira, 18 de fevereiro, anular esse julgamento.
Integram a 1ª Câmara Criminal do TJ-MA, os desembargadores João Santana (relator), Raimundo Melo e Bayma Araújo.
A Comarca de Grajaú e o MP-MA serão notificados da decisão para a realização de um novo julgamento. A defesa de Maurício da Mota Dutra será notificada também.
Parentes da vítima esperam por justiça há quase 17 anos. Arruda Filho, foi assassinado dentro de casa, tudo porque resolveu apartar uma briga. Ele morreu praticamente na frente da mãe dele, que, na época do crime, tinha mais de 70 anos.
O crime covarde repercutiu em todo o Estado do Maranhão. Para o Ministério Público Estadual, Mauricio da Mota Dutra precisa ser condenado pela premeditação e frieza na execução do assassinato.
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