O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta sexta-feira (24/1) que não haverá a criação deimpostos sobre produtos prejudiciais à saúde como álcool, cigarro e doces, o chamado “imposto do pecado”. Ele ainda brincou a respeito da proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes e afirmou que foi dita “fora de contexto”:
“Ô Paulo Guedes! Pô Paulo Guedes! Poxa! A alegria do povo brasileiro é tão pouca. Tem dificuldades, muita gente desempregada. Me dou muito bem com Paulo Guedes e combinamos lá atrás: Não tem aumento de imposto no Brasil. Então, acho que o Paulo Guedes falou fora de contexto aí aumentar o imposto da cerveja. Não vamos aumentar o imposto da cerveja”, reassegurou.
Mais cedo, na Índia, Bolsonaro rejeitou a ideia. “Não terá qualquer majoração de carga tributária”, afirmou o chefe do Executivo.
Ele ainda confundiu Guedes com o ministro da Justiça, Sergio Moro. “Ô Moro, aumentar a cerveja não, hein Moro…Acho que o Moro gosta de uma cervejinha…será que ele gosta?”.
Em seguida, Bolsonaro desfez a confusão: “Ô Paulo Guedes, eu te sigo 99%, mas aumento no preço da cerveja, não”, concluiu.
O presidente interino, Hamilton Mourão, se pronunciou durante a tarde sobre o assunto. Ele caracterizou e a proposta de Guedes como um “balão de ensaio”.
“O ministro Guedes está lá fora do Brasil, lançou uma ideia que foi imediatamente rebatida pelo presidente. Vamos só lembrar, todos os ministros podem lançar as ideias que eles quiserem. Agora, só tem uma pessoa que decide, se chama Jair Bolsonaro. É o que tem mandato do povo para decidir”, afirmou Mourão, ao deixar o Planalto, pouco antes de embarcar para São Paulo.
“Lançar ideia não faz mal nenhum. É balão de ensaio que está jogado aí, não mata ninguém isso aí. Não vamos ver chifre em cabeça de cavalo”, complementou. O general também brincou dizendo que seria “lamentável” taxar a cerveja.
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