A reportagem (Crusoé) ouviu um ex-amigo de Lula, agora decidido a contar tudo o que sabe sobre o líder maior do PT.
Seu nome é Valter Sâmara, um fazendeiro rico e influente de Ponta Grossa, no Paraná.
Sâmara foi amigo íntimo de Lula durante 25 anos e chegou a bancar muitas despesas do petista — inclusive as de uma amante de Lula.
Mas o fazendeiro rompeu com Lula e já se prontificou até a colaborar com a Lava Jato.
Ao repórter Fabio Leite, o ex-amigo de Lula revelou fatos inéditos relacionados ao assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André, em 2002.
É um caso ruidoso, que até hoje atormenta os petistas por causa das suspeitas de que tenha havido uma motivação política por trás do crime.
Depois de investigação, a Polícia concluiu que se tratava de um crime comum, mas…
O ex-amigo de Lula, assim como a família de Celso Daniel, contesta essa versão.
À Crusoé, ele conta que, ainda em 2002, três meses depois do assassinato de Celso Daniel, recebeu uma fita cassete com a gravação de uma conversa entre Gilberto Carvalho, braço direito de Lula, e Miriam Belchior, ex-mulher de Celso Daniel.
Ambos trabalhavam na prefeitura de Santo André.
O conteúdo da gravação, segundo o relato de Sâmara, é intrigante.
À reportagem, o ex-amigo de Lula contou o que ouviu na fita cassete — que teria sido entregue ao próprio Lula.
Essa história não termina aí.
Em 2018, 16 anos após o assassinato de Celso Daniel, um grupo armado invadiu o imóvel onde mora a irmã de Valter Sâmara, em Ponta Grossa.
Os bandidos deixaram claro: queriam os “documentos do PT”.
O ex-amigo de Lula diz não ter dúvidas: eles queriam a fita.
Leia um trecho da reportagem que conta esse episódio:
Passava das cinco horas da tarde quando dois homens, um deles de boina e bengala, desceram de um Spacefox preto em frente a uma loja de roupas de grife em um bairro residencial de Ponta Grossa, no interior do Paraná. Era quinta-feira, 26 de abril de 2018, e a rua estava calma, como de costume. Armada, a dupla rendeu duas pessoas logo na entrada e anunciou o assalto. Outros dois comparsas chegaram em seguida para invadir a casa que fica nos fundos do mesmo imóvel, fazendo 11 reféns, entre eles uma idosa e uma criança. Mas em vez de dinheiro e objetos de valor, os bandidos queriam “os documentos do PT”. As vítimas foram amarradas, amordaçadas e agredidas, enquanto parte da quadrilha quebrava as paredes atrás de um cofre onde o material poderia estar escondido. Após mais de uma hora de terror e destruição, o bando não achou nada e fugiu…
O crime foi registrado em boletim de ocorrência, também exibido na reportagem exclusiva:
A morte de Celso Daniel já atormenta o PT e o Brasil há quase duas décadas.
Um novo e esclarecedor capítulo pode ser aberto agora.
Publicado em: Política