O presidente Jair Bolsonaro voltou a sinalizar, na noite desta quinta-feira (2/1), que não vetrá o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o fundão eleitoral. O presidente tem recebido diversos pedidos para não aprovar a quantia de R$ 2 bilhões votada pelo Congresso Nacional.
Em transmissão ao vivo feita pelo Facebook, Bolsonaro justificou que, se não sancionar o fundo, correrá risco de sofrer impeachment, porque poderia ser acusado de crime de responsabilidadepor descumprir a lei de responsabilidade fiscal.
Bolsonaro também disse que, em sua campanha para presidente, não usou fundo eleitoral e que, nas próximas eleições, também não se beneficiária dos recursos. “Eu não usei nem fundão, nem o fundo normal.
Antes da live, Bolsonaro postou nas redes sociais um texto no qual explica melhor por que o veto ao fundão poderia resultar em impeachment. Na mensagem, citando o artigo 85 da Constituição Federal, que dispõe sobre crime de responsabilidade.
“Pelo exposto você acha que devo VETAR o FEFC, incorrer em Crime de responsabilidade (quase certo processo de impeachment) ou SANCIONAR?”, perguntou o presidente da República aos seus seguidores no fim da publicação.
Segundo ele, caso um pedido de impedimento fosse feito o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, arquivaria o processo, mas ele poderia sofrer pressões.
“Eu tenho o dever de cumprir a lei, mesmo quando não nos agrada. Daqui a pouco um fake news qualquer, que é comum acontecer, uma denúncia qualquer, obstrução de justiça, tentou ajudar um parente. Sabe do que eu to falando, né? Pronto, ta lá”, explicou.
Depois da postagem, na transmissão ao vivo, o presidente lamentou a reação dos internautas. “Não deu um minuto tinha mais de 100 comentários pedindo para eu vetar. Por favor, vamos ler”, disse.
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