Embaixador brasileiro desmonta mentiras publicadas pelo El Pais, a “Globo da Espanha”

Publicado em   31/out/2019
por  Caio Hostilio

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Print do título da matéria do EL PAÍS
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(Tradução livre do título: Brasil caminha à beira do precipício | Bolsonaro representa uma parte expressiva das elites políticas brasileiras, formadas no terreno fértil do racismo, misoginia, aporofobia e servidão às nações imperiais)

Esse artigo é recheado de impropérios e inverdades a respeito de Jair Bolsonaro e do próprio momento por que passa o Brasil, com um vasto leque de mentiras sobre o processo eleitoral que levou a Direita ao poder aqui no país, e ainda carregado de forte subjetivismo e adjetivação ao hoje presidente, como “racismo”, “misoginia”, “servilismo a nações imperiais”, etc.

O texto do El Pais pode ser acessado nesse link aqui, sendo que para ler na íntegra é preciso se cadastrar no site (obviamente, mesmo quem não sabe espanhol consegue compreender, pela proximidade entre os nossos idiomas; mas, ainda assim, o google tradutor resolve esse problema, para quem não entender):Disse a minha amiga que esse texto infame da – como ela se refere a esse El Pais – “Rede Globo da Espanha” mereceu uma resposta da Embaixada do Brasil na Espanha, assinada pelo próprio Embaixador, Pompeu Andreucci Neto, que não deixou pedra sobre pedra, refutando, uma a uma, as maledicências publicadas de forma irresponsável pelo folhetim.

A resposta pode ser acessada na própria página na Embaixada do Brasil em Madri, nesse link aqui, mas a transcreverei a seguir na íntegra, com uma tradução livre minha:

CARTA AO EL PAÍS

Em resposta ao artigo “O Brasil caminha à beira do precipício”, de Breno Altman, publicado no EL PAÍS em 28 de outubro, compartilhamos o texto da carta enviada pelo embaixador do Brasil na Espanha ao diretor desse jornal.

“Querida Sra. Gallego-Díaz,

  • Respeitando a liberdade de expressão, tenho em princípio não responder a opiniões. Farei isso desta vez, excepcionalmente, porque o autor não se move no campo das opiniões, mas recorre repetidamente a séria difamação e até calúnia que atingem não apenas nossos líderes, mas todo o Brasil como país e como povo. E, portanto, apenas me oponho aos fatos contra interpretações falsas e maliciosas.
  • 2. O artigo “O Brasil caminha à beira do precipício”, assinado por Breno Altman e publicado na edição de 28 de outubro de “El País”, apresenta inúmeros equívocos e opiniões factuais completamente estranhos à realidade. Em maior medida, o texto é atormentado por ofensas pessoais, desprovidas de fundamento e dirigidas irresponsavelmente ao presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, eleito pelo voto democrático de mais de 55 milhões de brasileiros. Ao associar o Presidente do Brasil a adjetivos como “racismo”, “misoginia”, “servilidade” e “aporofobia”, o autor não apenas evidencia sua inclinação ideológica e irresponsabilidade, mas também demonstra ter desenvolvido um quadro sério de aletefobia(1).
  • 3. O tom rancoroso de seu texto, receheado de tópicos e expressões de raízes marxistas, reflete a filiação política do autor, cujo projeto de poder foi derrotado clamorosamente nas urnas pela vontade popular do povo brasileiro. Lamentavelmente, o autor deixa em evidência a incapacidade de seu grupo político de participar do debate, exercer autocrítica e aceitar a alternância de poder própria das verdadeiras democracias. Herdeiro do pior dos sectarismo, sem argumentos básicos, incapaz de entender a complexidade e a riqueza de um país como o Brasil, e aprisionado em uma visão de mundo já superada pela História, não restam ao autor outros recursos a não ser recorrer ao discurso de ódio, da intolerância política e da mais esmagadora mentira.
  • 4. O artigo distorce os fatos para criar uma narrativa que não faz sentido para ninguém. Ele não apenas critica o governo do presidente Bolsonaro, mas também todos os seus antecessores – precisamente aqueles que conseguiram controlar a hiperinflação, consolidar uma moeda aceitável, avançar na reforma administrativa do país e sanear minimamente as contas públicas.
  • 5. O articulista chega a reconhecer os efeitos desastrosos da política econômica da orientação marxista – essa sim que levou o país à beira do precipício – mas, curiosamente, os atribui à incorporação de “parte do programa neoliberal de seus oponentes”. Nada mais típico do modo da esquerda de governar: se a realidade não se encaixa na sua visão de mundo, distorça a realidade.
  • 6. O Sr. Altman se refere a um suposto “golpe parlamentar” contra a presidente Dilma Rousseff. Ele esquece de esclarecer que a ex-mandatária foi acusada de cometer irregularidades no manuseio das contas fiscais, e, portanto, foi afastada de suas funções em um processo parlamentar previsto na Constituição e totalmente alinhado com o ordenamento jurídico do país.
  • 7. O autor caracteriza a prisão do ex-presidente Lula como “fraude judicial”, que constitui um desrespeito às instituições do Brasil, como Estado de Direito que é. Ele prefere não mencionar que a condenação do ex-presidente foi confirmada pelas instâncias do Judiciário, por um processo transparente.
  • 8. Mais uma vez emaranhado em sua visão distorcida do mundo, o autor entende que a Operação “Lava Jato” pretendia “destruir o PT e Lula”. Se ele tivesse uma brecha na honestidade intelectual, teria que dizer ao leitor que dita operação revelou um dos maiores esquemas de corrupção da história no mundo, e que floresceu, precisamente, nos governos “progressistas”. Ao levar importantes figuras do mundo político e empresarial ao cárcere, a operação mostrou que o Brasil começa a superar o flagelo da impunidade e da injustiça.
  • 9. Após anos de uma política econômica desastrosa, e constatando a corrupção escandalosamente entranhada no seio do Estado, o eleitor brasileiro decidiu mudar. A isso o autor se refere como “ofensiva reacionária” ou “soluções bonapartistas”, para mencionar apenas algumas de suas arcaicas expressões filomarxistas que parecem tão arcaicas e desatualizadas aos ouvidos das pessoas no mundo moderno.
  • 10. Evidentemente, o autor se recusa a aceitar o óbvio: o eleitor brasileiro simplesmente decidiu rejeitar um modelo de desenvolvimento econômico falido e corrupto – e por isso elegeu o presidente Bolsonaro, com a esperança que o país possa retomar o caminho do progresso econômico, com estabilidade, avanços sociais e justiça para todos.
  • 11. Mas o mais grave, Senhora Diretora, é que os argumentos falsos, tendenciosos e maliciosamente deturpados do autor não parecem derivar apenas de sua notória tendência à retórica do ódio ideológico. O autor parece valer-se de momentos de fraqueza(2) em algumas democracias da região para instar a população à desobediência civil, quando deveria contribuir para fortalecê-las. Isso apenas deixa muito clara a fobia emaranhada que o autor e seu grupo político professam à democracia, mas que, felizmente, a população brasileira decidiu descartar, jogando-a na lata do lixo da história.

Pompeu Andreucci Neto”

Uma resposta contundente dessa não poderia ficar sem um reconhecimento aqui, de nossa parte. É uma demonstração clara de que o Ministério das Relações Exteriores não mais se guia pelo viés ideológico de antes, nos governos do PT, que levaram – eles sim – o Brasil a caminhar na beira do precipício.

Parabéns ao Embaixador do Brasil na Espanha. Se ele, de alguma maneira, ler esse meu texto, saiba que nós, os eleitores que escolhemos Jair Bolsonaro presidente do país – e acredito que, mesmo sem procuração, posso falar em nome deles aqui – ficamos gratos pela defesa intransigente da verdade do que acontece na política do Brasil, sem a distorção dos fatos, na construção da narrativa falaciosa que a esquerda faz não só aqui no nosso país mas mundo afora.

NOTAS:

1) No texto original, o Embaixador usa a palavra “alethefobia”. A palavra “aleteia” quer dizer verdade, mas no sentido de percepção dos fatos, ou da realidade. https://pt.aleteia.org/…/02/qual-e-o-significado-de-aleteia/

Portanto, aletefobia significa uma pessoa que tem aversão à verdade ou à realidade.

(2) Na carta original, o Embaixador usou a expressão “debilidade”, que achei melhor traduzir por fraqueza, para não perder o sentido do que ele quis deixar claro: provocar instabilidade na região.

Por Jornal da Cidade

  Publicado em: Política

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