A nação se violenta e se adultera no cinismo de uma inconsciência dos valores morais e éticos, sem perspectivas de acordar-se para uma realidade doentia.
Os três poderes institucionais, sufocados na afluência de mentiras e socorros aos interesses sórdidos do corporativismo e amarras políticas, são na verdade as raízes da crise moral e das incertezas que nos impõem a dificuldade de sermos brasileiros convictos.
A república brasileira tornou-se um antro de conflitos gerados pelo jogo pelo poder. O Brasil parou hoje (24) porque o Senado resolveu ir ao STF reclamar da operação da PF que fora vasculhar o gabinete do líder do governo no Senado.
A sociedade brasileira convive com o cúmulo de hipocrisia e esperteza, que alimenta instabilidades políticas e a descrença popular, em detrimento do desenvolvimento social e econômico. Como já disse Rui Barbosa no começo do século XX e que retrata a realidade de hoje, “a política é uma brenha de traições e duplicidades”, que mergulha a nação na desconfiança permanente.
Vivemos sufocados com tanta hipocrisia gerada pelos três poderes constituídos. Aí todo mundo quis tirar uma casquinha pela morte de uma menina no morro do Alemão, porém não debatem os diversos crimes que ocorrem todos os dias no Rio e pelo resto do país.
Não demora em surgir politiqueiros afirmar que o Congresso Nacional já tem voto suficiente para derrubar os vetos presidenciais no Projeto de Lei do Abuso de Autoridade, mostrando, com isso, e estão contra o interesse da grande maioria dos brasileiros.
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