O presidente Jair Bolsonaro tem “muita razão” ao dizer que só aceita a ajuda financeira oferecida pelo G7 para a Amazônia se Emmanuel Macron, presidente francês, pedir desculpas. A opinião é de Aldo Rebelo, ex-ministro de diversas pastas nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e político que fez a maior parte de sua carreira no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), com um forte discurso nacionalista.
Rebelo, no entanto, frisa que sua posição em relação à soberania brasileira sobre a Amazônia não significa um endosso ao governo Bolsonaro ou a “sua política externa desorientada”.
Rebelo concorda com a resposta de Bolsonaro. “Acho que ele tá certo, acho que o Macron não tinha que se meter nessas coisas, não”, afirmou Rebelo em entrevista à BBC News Brasil.
“Você não pode, como chefe de Estado, aceitar que outro país tente tratar o país que você dirige como se fosse um enclave, uma colônia. Com a Guiana Francesa ele faça o que ele quiser, com o Brasil, não”, acrescentou.
Apesar de concordar pontualmente com a postura de Bolsonaro em relação a Macron, Rebelo também avalia que o Palácio do Planalto agravou a situação por incapacidade de lidar com a pressão. “Bolsonaro foi inábil ao não contornar essa circunstância.”
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