Boa notícia para o Banco Central, que avalia se cortará a taxa básica de juros (Selic) no fim deste mês, e, sobretudo, para os consumidores. Com os estoques elevados, uma vez que as férias derrubaram o consumo, postos e distribuidoras reduziram os preços da gasolina na bomba. O litro pode ser encontrado por até R$ 3,87 em posto de Brasília.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, postos e distribuidoras reduziram as margens de lucros para algo entre R$ 0,07 e R$ 0,10. “Os revendedores têm contratos de compra para cumprir. E as distribuidoras, cotas para atingir. Mas, nesses preços, é prejuízo certo. O custo mínimo hoje é de R$ 3,70 o litro”, afirma.
Inflação
Para o Banco Central, a queda nos preços da gasolina é um ótimo negócio, pois ajuda a manter a inflação abaixo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,25% para este ano. Isso dá segurança ao BC para cortar juros, numa tentativa de estimular a atividade econômica, que está flertando com a recessão.
Entre os consumidores, a comemoração é grande. Mas preços baixos acendem o sinal de alerta, porque há denúncias de adulteração nos combustíveis e de sonegação de impostos, avisa Paulo Tavares, que já comunicou o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) sobre eventuais irregularidades.
Portanto, é importante que, antes de abastecerem os carros, os consumidores pesquisem o histórico dos postos, para ver se já cometeram alguma fraude. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) ampliou o foco nas fiscalizações, a fim de garantir a qualidade dos combustíveis colocados à venda.
O mercado está surpreso com a queda brusca dos preços da gasolina no Distrito Federal, pois se acreditava que, na terça-feira, 16 de julho, houvesse uma trajetória de alta dos preços da gasolina, uma vez que subiu o valor de referência para a cobrança de impostos.
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