No depoimento à CPI do BNDES, João Santana confirmou que Lula intermediou a contratação de sua empresa de marketing político para as campanhas de Mauricio Funes, em El Salvador em 2009; de Eduardo Santos, em 2012 em Angola; e de Hugo Chávez, na Venezuela, em 2012.
“Nunca me ofereci para fazer campanha, nunca precisei, tive sorte disso, de prospectar, sair atrás de clientes. Por sorte, o resultado foi se impondo e comecei a receber convites diretos e indiretos. Com a campanha de reeleição do presidente Lula, que foi a primeira de grande repercussão internacional que fiz, e junto com a influência que ele estava assumindo regionalmente, começaram a surgir mais convites”, disse na audiência.
“Era um segredo e tampouco me interessava saber. Então, se houve troca de moeda financeira, em relação ao financiamento das empresas que receberam crédito do BNDES e as eleições que fiz, no caso de minha empresa, nunca”, afirmou.
Na delação, a mulher de João Santana, Mônica, confirmou que várias campanhas fora do país foram bancadas pela Odebrecht — o marqueteiro não soube dizer se a origem do dinheiro era a corrupção na Petrobras ou financiamentos do BNDES.
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