Aliado de Fernando Haddad (PT) na corrida presidencial encerrada com derrota no domingo (28), o PCdoB já articula a formação de um bloco com o PSB e o PDT de Ciro Gomes na Câmara dos Deputados. O movimento poderia somar 69 deputados federais, com potencial para competir com os 56 petistas na liderança da oposição a Jair Bolsonaro.
“Precisamos de uma oposição de verdade. Como assim? O PT não é oposição de verdade? Isso não se dará se a esquerda seguir a lógica do hegemonismo. Erramos ao não construir uma frente antes e erraremos se não conseguirmos nos juntar agora”, afirmou o deputado Orlando Silva, líder do PCdoB na Câmara.
O PCdoB é a sigla de Manuela d’Ávila, vice de Haddad. Comunistas avaliam que ela não teve destaque na campanha presidencial. A equipe de marketing a teria escondido para mostrar Ana Estela, esposa do então candidato. Sem tanta visibilidade, o partido não atingiu as metas da cláusula de barreira e agora investe em uma brecha jurídica para sobreviver.
“É zero a hipótese de fusão com PT, PSB ou PDT”, decretou Orlando Silva, acrescentando: “Não aceitaremos a hegemonia do PT nem de quem quer que seja.”
No PDT, Ciro Gomes já começou o processo de afastamento dos petistas. Pelo partido, no Congresso, o deputado cearense André Figueiredo tem conversado sobre a formação do bloco com o PCdoB e o PSB.
Será que os oposicionistas querem distância do PT e, assim, se livrarem da pecha “CORRUPÇÃO?
Publicado em: Governo