O blog caiohostilio.com.br já serviu de referência em diversos debates pelo Brasil afora, através de seus artigos sociológicos, educacionais e políticos. Dessa vez serviu de referência para o Observatório da Ética Jornalística de Mato Grosso. Confira abaixo:
Pergunta combinada vale? Um retrato da decadência da ética jornalística
Publicado em 1 de fevereiro de 2018por objormt
* Fábio Faria Pires
Num estado onde a maioria dos jornalistas minimiza as críticas ao governo Taques, sobra espaço para Almerinda, personagem do humorista André D´Lucca, que tem o governador entre seus desafetos. (Imagem: Divulgação/André D´Lucca)A ética jornalística deixou de ser pauta apenas nas faculdades de Jornalismo e nos debates acadêmicos para também ser discutida nas ruas. Isso se deve ao que vemos, lemos e ouvimos hoje no jornalismo brasileiro, pois a ética saiu de cena para dar lugar ao protagonismo da comercialização da informação e ao individualismo dos jornalistas. Nesta dita era pós-moderna há espalhados nas redações jornalísticas profissionais antiéticos, imparciais e reféns do sistema.
O jornalista Bernardo Kucinski nos lembra que
“o vazio ético é reforçado por mecanismos diversos entre os quais o fim da demarcação entre o jornalismo e assessorias de imprensa, a fusão mercadológica de notícia, entretenimento e consumo; a concentração de propriedade na indústria de comunicação, a crescente manipulação da informação por grupos de interesse e principalmente a mentalidade pós-moderna”.
O trecho consta do artigo “Uma nova ética para uma nova modernidade”, de 2002.
Ao observarmos o estudante de Jornalismo, seja um calouro ou um graduando, suas principais preocupações relacionadas à futura profissão são “ganhar dinheiro”. Não importa o veículo, a linha editorial, o que deverão fazer. O que importa é o capital. Ora, mas e o compromisso com a sociedade, o interesse público, a subjetividade? Percebe-se que a ética na sociedade não se trata de uma prioridade.
Sobre ganhar dinheiro com a informação, Caio Hostilio afirma que
“não é um delito. É um dever ético. O lucro decorrente da credibilidade, da qualidade do produto. E a qualidade é a primeira exigência da ética. Obviamente não devemos defender uma ética utilitária. Ela tem um valor em si e deve ser praticada independentemente do lucro. No entanto, ética e lucro nos meios de comunicação não devem ser realidades antagônicas”.
A matéria que serviu de referência foi “Jornalismo: A ética, a comercialização e a imparcialidade” (para ler basta clicar sobre o título), publicada em 27 de maio de 2011.
Publicado em: Governo