Com certeza uma cela da PF e dos presídios, onde estão os políticos e empresários envolvidos com o rombo da Petrobras, não oferece sequer a toalha de rosto existe na suíte Lava Jato.
Mas será que os que ainda estão soltos já foram até lá conferir a suíte Lava Jato?
Com grades na porta e em volta da cama, além de ilustrações de presos comuns ao lado de engravatados, um quarto de motel em Brasília resolveu usar a Operação Lava Jato como inspiração.
Inaugurada há cerca de três meses, a suíte número oito é uma aposta do motel Altana, que produz ambientes temáticos para atrair público.
Antes de chegar ao quarto, o cliente passa por uma entrada com paredes revestidas de cimento, grades e recortes de reportagens sobre envolvidos na operação, remetendo à prisão.
As notícias estampam fotos de investigados, como os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, além do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), detido em Curitiba. O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa da Lava Jato no Paraná, também está retratado na parede.
O valor de duas horas no local varia de R$ 126 a 156, conforme o dia da semana.
“A nossa proposta era fazer uma cela sofisticada para que o ato de amor fosse dentro de ambiente especial, um fetiche né?!”, explica a arquiteta Cristina Bertozzi, que assina o projeto e já decorou mais de 150 suítes de motéis de Brasília e Rio de Janeiro.
“Mediante os acontecimentos, essa Lava Jato na orelha da gente há mais de dois anos, unimos [na decoração] a parte dos crimes, de corrupção e da cela”, disse.
O ambiente, porém, já despertou algumas reclamações. “As pessoas falaram ‘como vou ter tesão com esse pessoal na parede?’ Mas não é para ter tesão aqui, é uma transição até o quarto. A ideia é proporcionar essa entrada para a pessoa entender que é uma cela e lá dentro usufruir do luxo”, explicou Cristina.
(com informações da Folha de São Paulo)
Publicado em: Governo