Fica evidente que o concurso público, dentro das exigências da meritocracia, deixará de existir ao longo do tempo, dando espaço cada vez mais para o quem indica, tanto por parte do contratante como por parte do contratado.
Os serviços públicos ficarão mais ineficientes, como já vemos em diversas circunstâncias, ou seja, a falta de pagamento dos serviços prestados, cujas empresas contratadas atrasam os salários, não recolhe os encargos sociais.
Basta para tanto, observar as diversas postagens aqui nesse blog sobre as empresas contratadas pelo governo estadual que não cumprem com essas prerrogativas trabalhistas.
Atualmente no Brasil existe cerca de 13 milhões de trabalhadores terceirizados e diante da aprovação pela Câmara dos Deputados esse número aumentará, levando, com isso, a nova forma de gerir a coisa pública.
Por outro lado, essa prática afasta o treinamento continuo das atividades públicas, haja vista que o texto aprovado dá como prazo de validade dos contratos de trabalhos temporários de apenas nove meses. Que relação terá com a atividade pública?
Que compromisso com o cumprimento da função terá uma pessoa indicada, apadrinhada por um político?
Na verdade, os trabalhadores que entram pela janela, sem ser pelo concurso público, não têm o compromisso com prestação de serviço à sociedade. O compromisso deles é, geralmente, com quem os colocou.
E assim segue a derrocada do serviço público!!!
Publicado em: Governo