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Na primeira sessão que de fato presidiu desde que assumiu o comando da Câmara, no dia 5, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), foi alvo de várias críticas e ao encerrá-la, de gritos de “fora, fora, fora”.
O coro foi puxado por PSDB e DEM, que querem novas eleições para o comando da Câmara. A sessão foi só de discursos, não houve votações. Maranhão não respondeu a nenhum dos questionamentos.
Os principais vieram do líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), segundo quem Maranhão é marionete do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Levante-se dessa cadeira, Maranhão.
O presidente afastado continua usando o seu poder para, mesmo afastado, comandar essa casa pela via do presidente interino.” Ao fim da sessão, Maranhão foi cumprimentado por deputados alinhados à presidente Dilma Rousseff, como Orlando Silva (PCdoB-SP) e Pepe Vargas (PT-RS), que lhe disseram que ele “foi bem” na condução.
Maranhão voltou a falar que não vai renunciar. Apesar de aliados dizerem que ele daria sua primeira entrevista coletiva após assumir o cargo, Maranhão se recusou a falar mais demoradamente com jornalistas, apenas respondeu genericamente algumas perguntas enquanto caminhava escoltado pela segurança para seu gabinete.
“Não há renúncia. Nós temos que trabalhar pelo Brasil. A pauta está sobrestada, tem que se encaminhar debates que resolvam as questões do país”, afirmou. Sobre as críticas dos parlamentares, Maranhão comentou: “O debate democrático é isso”.
Publicado em: Governo