O tenente-coronel José Maria Honório de Carvalho Filho me procurou, hoje (22), na Assembléia Legislativa, para que eu publique sua Nota sobre os fatos corridos em que o sargento Agnaldo foi preso.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

EU, JOSE MARIA HONORIO DE CARVALHO FILHO, Tenente Coronel da Policia Militar do Maranhão, venho através dessa nota esclarecer o seguinte: que estava de serviço em operação de desocupação de área urbana irregular, realizada na área conhecida como mangue seco, próximo do bairro da liberdade, no dia 18 do corrente mês e ano e que a operação ocorreu sem nenhuma anormalidade e sem uso da força pela guarnição de serviço, sob o meu comando. Que no dia 19 fomos acionados pela Secretaria das Cidades e desenvolvimento urbano, através de sua secretaria, a Sra. FLAVIA ALEXANDRINA COELHO ALMEIDA MOREIRA, que nos informou que algumas pessoas estavam retirando material da área para reconstruir os casebres no outro lado da Avenida IV Centenário, e por esse motivo não seria mais permitido a retirada de qualquer material da área. Que por volta das 9:30, um cidadão estava saindo da área desapropriada, com uma peça de madeira, e quando foi interpelado pelos policias de serviço respondeu de forma ríspida e grosseira “QUE IRIA LEVAR A PEÇA DE MADEIRA E NINGUEM IRIA IMPEDI-LO’, POIS SEU AMIGO HAVIA LHE DADO A PEÇA E ERA PROPIEDADE PARTICULAR”, que este oficial de forma educada informou ao cidadão que ele não poderia levar o material, e este ficou retrucando falando que ninguém iria impedi-lo, que de imediato fui falar com o Sr. FRANCINALDO CARVALHO GOMES, para saber se a peça estava ou não na área da desocupação, sendo que o cidadão disse ”EU NÃO DEI NADA PRA ELE, ELE PEGOU AQUI NA AREA E DISSE QUE IRIA LEVAR PORQUE ELE ERA POLICIAL.”, diante disso fui falar novamente com o suposto policial, sendo que fui tratado de maneira ríspida, arrogante e desrespeitosa, momento que retirei a peça de madeira da mão e dei voz de prisão por desacato, mandando conduzi-lo para a DP. Foi quando o SGT AGUINALDO disse: “SOU O 2 SGT PM AGUINALDO E ESTOU A DISPOSICAO DA DP/4 “, que diante disso, dei voz de prisão ao Sgt PM AGUINALDO, e o mesmo foi conduzido, pelo 1º TEN HENRIQUE, sem uso de algemas e no banco traseiro da VTR, preso e autuado em flagrante delito no quartel do Comando Geral da PMMA. Que em nenhum momento o SGT AGUINALDO, SE PORTOU COMO MILITAR, NÃO HOUVE QUALQUER TIPO DE AGRESSAO AO MILITAR PRESO, QUE OS POLICIAS DE SERVICO, EM SUA GRANDE MAIORIA PRACAS, FORAM DESRESPEITADOS PELA ATITUDE DO SGT AGUINALDO, QUE EM NENHUM MOMENTO SE PORTOU OU SE COMPORTOU COMO SGT DA POLICIA MILITAR DO MARANHÃO. Tendo esse oficial, diante da quebra da disciplina, e dentro dos tramites legais, agido dentro da norma e em nenhum momento houve, por parte de qualquer policial militar de serviço, agressão física ou verbal ao referido militar. Foi necessária sua condução em decorrência de seu comportamento desrespeitoso e desobediente, para com seus pares, seus subordinados e seus superiores, pois o SGT AGUINALDO desrespeitou todo efetivo policial que estrava no local; para restabelecimento da ordem publica e afastamento de iminente tumulto que trouxesse transtorno a execução da atividade policial. Volto a ressaltar que em momento algum foi desrespeitando ou sofreu qualquer tipo de agressão, seja física ou verbal o SGT PM n 647/87 AGUINALDO DE JESUS SODRE SANTOS, TESTEMUNHARAM TODA OCORRENCIA A GUARNICAO DE SERVIÇO, COMPOSTA POR 23 policiais, sendo 02 oficiais e 21 praças, que com certeza por questão da mais absoluta justiça e seguro na verdade, podem servir de testemunha dos fatos aqui esclarecidos. Bem como o Sr. FRANCINALDO, que presenciou toda ocorrência, e foi testemunha no Auto de Prisão em Flagrante Delito, lavrado em desfavor do militar acima mencionado .

Jose Maria Honório de Carvalho Filho – Ten Cel QOPM

Comandante do 9º BPM

  Publicado em: Governo