PF combate doleiros que movimentaram mais de R$ 2, 3 bi por ano‏

Publicado em   22/set/2015
por  Caio Hostilio

image001A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 22/9, a Operação Ex-Câmbio, que desarticulou um esquema de crimes financeiros envolvendo quatro organizações criminosas integradas por doleiros que atuavam no estado de Santa Catarina, suspeitas de movimentar mais de R$ 2,3 bi por ano (na cotação de ontem, R$3,98, cerca de US$ 600 milhões de dólares). A ação ocorre nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Cerca de 280 Policiais Federais cumprem 27 mandados de prisão, sendo 10 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de prisão temporária, além de 68 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de condução coercitiva. Também foram bloqueados 30 veículos e 37 imóveis, sequestrados. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Itajaí/SC, Balneário Camboriú/SC, Itapema/SC, Dionísio Cerqueira/SC, Porto Belo/SC, Joinville/SC, Barracão/PR, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS.

Os grupos investigados, que atuavam como agentes oficias do mercado de câmbio, usavam as correspondentes cambiais como fachada para a prática de uma série de crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Entre as fraudes praticadas estavam a falsificação da identidade dos adquirentes da moeda estrangeira (boletagem), como também dos reais remetentes e destinatários de divisas ao exterior decorrentes do pagamento de importações (fraude cambial). ­­­­­Eles também praticavam a evasão de divisas mediante o sistema de dólar cabo.

Os recursos obtidos com as atividades criminosas eram dissimulados de diversas maneiras, entre elas, o uso de laranjas para a compra de imóveis e carros de luxo e a movimentação de contas bancárias, contando ainda com a participação de dois gerentes de banco.

A investigação teve início em 2011 com a apreensão de mais de US$80 mil transportados clandestinamente por um dos integrantes da organização criminosa investigada. No decorrer dos trabalhos já foram apreendidos mais de US$ 350 mil e R$ 400 mil em espécie.

Os envolvidos responderão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, instituição financeira clandestina, fraude cambial, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, e integração de organização criminosa.

  Publicado em: Governo

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