Cadê o reconhecimento nesses 403 anos? Haroldo Tavares foi quem fez a obra de infraestrutura mais bem planejada em São Luís!!!

Publicado em   04/set/2015
por  Caio Hostilio

haroldo tavaresPara que os homens públicos possam engrandecer é preciso que saibam reconhecer os feitos daqueles que fizeram algo de importante em prol da coletividade. Por isso, deixo aqui a matéria “Reconhecimento: como reconhecer a luta de todos?”, onde eu disse: O homem na vida terrena é movido pelo reconhecimento de se seus feitos, mesmo que ele tenha errado mais que acertado. A luta do homem por seu reconhecimento gera conflitos internos e desgastes externos. Ele precisa que seu ego seja massageado e, assim, voltar a lutar pelos ideais coletivos. A falta de reconhecimento gera revolta e essa revolta se transforma em ódio, coisa que ela o ser a devaneios e confusões existenciais. O reconhecimento tem que haver, mesmo que gradativo, pois é através dele que o homem se estimula. O reconhecimento é o combustível da vida terrena, principalmente entre os homens!!! Foi nesse sentido que no dia 22 de junho de 2011 escrevi “Lutar só vale a pena quando você é reconhecido”. Diante disso, sugiro que nesse aniversário de São Luís, os homens públicos tenham o caráter sublime em reconhecer aquele que deu sentido de mobilidade urbana a São Luís!!!

Foi Haroldo Tavares quem deu de fato a tão sonhada mobilidade urbana ao planejar e executar um projeto avançado para a época: O Anel Viário. Para melhor entender a história, deixo aqui parte do artigo de Benedito Buzar, publicado em seu blog:

Depois de formado, Haroldo retorna a São Luís nas proximidades da assunção, em 1966, ao governo do Maranhão, do jovem intelectual José Sarney, que o convida, dadas às excelentes informações profissionais e culturais, a ocupar o cargo de secretário de Viação e Obras Públicas.

Haroldo aceita o desafio, sabendo que enfrentaria uma batalha difícil, a começar pela falta de pessoal qualificado para realizar as metas do novo governo. Em todo o Estado, apenas 35 engenheiros. Era urgente a criação de uma Escola de Engenharia Civil, projeto que materializou e deu atenção inovadora e tecnológica, sendo o primeiro, no Maranhão, a contar com computador, equipamento que gerou o Centro de Processamento de Dados – Prodata.

Feito isso, partiu para formação da equipe técnica, convocando profissionais e mobilizando recursos, interna e externamente, que Sarney soube competentemente arregimentar. Em pouco tempo, a Secretaria de Viação e Obras destacava-se e realizava numerosas ações em favor do desenvolvimento do Maranhão.

Em quatro anos, obras estruturantes que mudaram a fisionomia do Estado e, particularmente, São Luís. Que sejam lembradas: o asfaltamento das ruas da cidade, a conclusão da ponte sobre o rio Anil, no Caratatiua, as construções da Barragem do Bacanga e do Porto do Itaqui, a edificação da vila do Anjo da Guarda e de novos conjuntos habitacionais, a reforma do Teatro Artur Azevedo, a pavimentação da rodovia São Luís-Teresina, e a construção da ponte do São Francisco, integrando as praias à cidade.

Essas obras marcaram indelevelmente a sua extraordinária gestão na Secretaria de Viação, e o conjunto delas preparou a cidade para a expansão do promontório espremido entre o Bacanga e o Anil. Em outras palavras, evidenciou a importância ímpar do Porto do Itaqui como vetor de desenvolvimento.

O notável desempenho do jovem engenheiro no governo do Estado, que conquistou a fama de “sonhador” (bendito seja), conduziu-o à prefeitura de São Luis, a convite do governador Pedro Neiva de Santana, seu cunhado e também ex-prefeito da Capital, de 1937 a 1945, na administração do interventor Paulo Ramos. Em março de 1971, assume o cargo, sabendo de antemão que a cidade teria, com o Porto do Itaqui, papel de relevo na exportação do minério de Carajás, e, como decorrência natural, a instalação de uma siderúrgica.

Esses fatos impuseram uma nova concepção urbanística para São Luís, merecendo do prefeito atenção e proteção da nossa maior riqueza arquitetônica: a cidade antiga. Por essa razão, o projeto do Anel Viário cumpriu a função histórica de afastar do centro as certamente inevitáveis agressões econômicas, travestidas de progresso.

  Publicado em: Governo

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