Por Andrea Murad
Defender a saúde do Maranhão tem sido uma questão de orgulho pra mim. Não é difícil explicar tal postura quando você, até mesmo fora do seu estado, encontra alguém que sabe dar valor ao que foi construído aqui. Esse fato aconteceu quando um taxista, bom conversador que é, chamado Americano, contou sobre a sua experiência ao visitar o Maranhão tempo atrás. Seu irmão teve que recorrer à nossa rede estadual de saúde, foi atendido em uma UPA e logo transferido para o Hospital de alta complexidade Dr. Carlos Macieira. Americano relatou toda a sua experiência de satisfação, disse que nunca havia visto um hospital público daquele jeito e brincou ao dizer que ao procurar um defeito tirou seus sapatos para ver se sujava e nem isso conseguiu para ter do que reclamar. Meu pai, que estava ao lado e escutava tudo atentamente, não perdeu a oportunidade e disse: Fui eu que fiz! Me chamo Ricardo Murad, sou ex-secretário de saúde do Maranhão. Que maravilha ouvir isso! Em longa conversa, ouvimos essa pérola do seu Americano “não posso falar das outras áreas, mas da saúde pública do Maranhão, que eu conheci, ninguém pode falar mal”. Como não defender algo tão grandioso que já ultrapassou as fronteiras do meu Estado?
O Programa Saúde é Vida só trouxe satisfação ao povo e temor ao atual governador. Medo da incapacidade de gerir um sistema nunca antes implementado e medo que no futuro tão breve revelasse o político que o nosso Maranhão precisa. Por isso, o espetáculo dos últimos dias protagonizado pelo governo do estado, através de ações judiciais com fundamentos inconsistentes, nos revela o medo que Flávio Dino sente sobre enfrentar as próximas eleições e ver seu projeto de poder cair por terra. O governador, até hoje, só entregou obras que nunca foram de sua autoria, só faz promessas que nunca são cumpridas e o mais impressionante, só destruiu o que encontrou ao chegar no governo, a exemplo do Programa Saúde é Vida. Hospitais, UPA’s, Centros de Especialidades e Reabilitação, agilidade, qualidade, mais atendimento, mais exames, mais resultados, foram as marcas de uma gestão que está na história da saúde pública do Maranhão. Sem falar o tratamento dado aos profissionais que não mediram esforços para alcançar esse resultado. E tudo isso não pode ser negado porque o povo presenciou, usufruiu e sabe como foi entregue ao novo governo a saúde do estado.
Sem nada para mostrar, Flávio Dino pegou uma estrada de mão única para o descrédito. Preferiu perseguir do que manter em ordem o que encontrou. Preferiu ser mais ágil na tentativa de anular um adversário político com ações inconsistentes a executar seu projeto de mudança. Preferiu a perseguição ao trabalho árduo. Preferiu o espetáculo a um governo de ações concretas e resolutivas. Não compreendendo Flávio Dino que o seu principal combate é contra os adversários do povo: o caos da saúde pública, a violência desenfreada, a corrupção no governo e a educação jogada às traças.
Como bem a imprensa revela, todo temor refere-se às eleições de 2016 e 2018. Na tentativa de conter seu adversário, que avança positivamente na opinião pública, Flávio Dino usa o Estado para desestabilizar a nossa caminhada e calar a voz da oposição. A Procuradoria Getal do Estado não faz outra coisa a não ser entrar com ações contra a gestão passada. Dessa vez eu e o deputado Sousa Neto somos os mais novos alvos judiciais de um governador que não sabe ouvir críticas, sugestões e denúncias. Decidiu usar toda a estrutura do Estado na tentativa de intimidar agora deputados, nessa perseguição desenfreada e sem limites. É preciso insurgir contra esse comportamento a favor, não de mim pessoalmente, mas a favor da liberdade dos deputados e a Assembleia Legislativa não pode aceitar esse postura contra qualquer parlamentar.
Mas a nossa presença no circo jurídico montado pela Secretaria de Estado da Transparência, criada pra isso, é claramente compreensível diante de um governo que nada tem a mostrar até agora, a não ser sentimento de vingança e perseguição. Quem governa com ódio não tem chance de fazer um bom governo. Tanto que é rápido para perseguir mas lento para governar. Tal cargo é considerado um privilégio de poucos, e deveria ser ocupado por quem realmente trabalha e executa em prol de milhares e não de si próprio. E para ser um grande político, tem que ter vocação e amor pelo que faz, tudo que Flávio Dino já demonstrou não ter. Talvez tenha para juiz, já que gosta tanto de julgar e dar sentenças. Mas para política? Não. Isso requer determinação, coragem e, acima de tudo, vontade de fazer a diferença na vida das pessoas, ter os olhos voltados para o povo e não para inimigos políticos.
Quanto a mim, pode perseguir, entrar com quantas ações quiser, usar os órgãos do estado para me atacar, mas não conseguirão me calar. Fui eleita para representar o povo maranhense e o farei até o último dia do meu mandato.
Publicado em: Governo