Holanda Junior: Docentes da UEB Monsenhor Frederico Chaves encabeçam luta contra o sucateamento da escola e o descaso da Semed

Publicado em   12/jun/2015
por  Caio Hostilio

Condições humilhante de trabalho!!!

Condições humilhante de trabalho!!!

Docentes da UEB Monsenhor Frederico Chaves encabeçam luta contra o sucateamento da escola e o descaso da Semed A Educação Municipal de São Luís está mergulhada em problemas. As unidades de ensino básico quando não têm suas atividades suspensas devido à falta de estrutura adequada ao trabalho do professor e aprendizagem dos alunos funcionam em constante estado de medo.

Desde quando a Secretaria Municipal de Educação reduziu pela metade o efetivo de vigilantes nas unidades, afetando a segurança dos alunos e professores, os problemas se agravaram ainda mais. As escolas ficaram à mercê de vândalos que passaram a ditar as regras, intimidando professores e alunos, prejudicando o ensino já deficiente, além de saquear e depredar ainda mais o patrimônio público.

Cadê o dinheiro que era para está aqui???

Cadê o dinheiro que era para está aqui???

Mediante o estado de abandono em que se encontra a educação municipal e o desamparo de professores e alunos, a comunidade escolar de diversas UEB’s decidiu somar forças para enfrentar o descaso da prefeitura de São Luís. A exemplo da UEB Galileu Clementino, no Cruzeiro Santa Bárbara, e o Polo Infantil da UEB Henrique de La Roque, na Vila Embratel, que se uniram para protestar e reivindicar seus direitos, o corpo docente da unidade Monsenhor Frederico Chaves, no São Francisco, reuniu-se na tarde de quinta-feira (11) para debater os problemas que ameaçam e põem em risco a saúde, a segurança e a vida de alunos e professores.

A escola que passou recentemente por uma reforma e foi entregue à comunidade apresenta problemas dignos de intervenção judicial. Telhado com buracos; bebedouros enferrujados e quebrados; esgoto aberto; banheiros sem portas, sem torneiras, sem pias; salas sem lâmpadas, sem janelas, sem ventiladores; inclusive, paredes pichadas e com infiltrações, estando uma das salas com água em contato com a rede elétrica. Mas isso não é só! A escola tem apenas um vigilante que trabalha durante o dia, efetivo insuficiente para coibir a ação de vândalos.

De acordo com a profª. Ana Luzia Mendonça os alunos usam drogas na porta da escola, na frente de todos, antes de entrarem. Ato que, segundo ela, se repete todos os dias, a descaso da segurança pública. Os professores também denunciam que uma facção criminosa da capital vem espalhando o pânico na unidade e que são ameaçados por alunos que se dizem parentes dos membros ou pertencentes à mesma facção.

Cercada de mato, a quadra de esportes é o ponto preferido de consumo de drogas dos vândalos. Segundo os professores, a quadra não pode ser usada pelos alunos da escola porque o tempo todo é ocupada pelos usuários de drogas, que acessam as dependências da escola através do portão de entrada, que fica sem vigilante, e também pelo muro que é muito baixo.

Com 17 salas, a UEB Monsenhor Frederico Chaves, escola tradicional naquela comunidade, atende aproximadamente 1200 alunos do 1º ao 9º ano, incluindo a EJA. Os professores denunciam, ainda, a superlotação. São, em média 30 alunos por sala, situação que fica ainda mais insuportável quando os delinquentes daquelas redondezas, sentam-se nas janelas e começam a perturbar as aulas.

A biblioteca merece também destaque. Esta perdeu seu espaço para cedê-lo a uma sala de aula, por isso está inutilizável para alunos e professores. A sala de informática apesar de contar com 40 computadores está paralisada, haja vista a Semed ainda não enviou um técnico para instalá-los, apesar das inúmeras solicitações feitas pela gestão da escola, situação que já dura alguns meses.

A escola que funciona em três turnos tem apenas um coordenador pedagógico para atender à demanda, o que fere o estatuto do magistério, pois o coordenador pedagógico possui carga horária de 20 horas. Como se não bastasse, falta material didático básico como diários de classe, os mesmos encntrados às traças no depósito da Semed.

Solicitado a participar da reunião, o Sindeducação, representado por sua presidente, profª. Elizabeth Castelo Branco, orientou os professores da unidade sobre quais medidas cabíveis tomar. “Eu não admito enquanto professora, enquanto profissional, chegar à escola e encontrá-la depredada, abandonada e sucateada pelo poder público. Este sindicato já moveu várias ações contra a Prefeitura de São Luís e continuará a mover quantas vezes for preciso até que essa mesma Prefeitura proporcione condições dignas de trabalho para o professor e de aprendizagem para o aluno. É esta a bandeira do sindicato”, reforçou a professora.

Os professores se responsabilizaram em redigir um relatório contendo a descrição minuciosa de todos os problemas da unidade e as consequências deles para alunos, docentes e comunidade. Esse documento será entregue ao sindicato para ajuizar denuncia contra a Prefeitura de São Luís. Também ficou agendada uma reunião para a próxima terça-feira (16) com os pais de alunos, Conselho Tutelar e entidades envolvidas no processo educacional, para discutir os problemas da escola e, juntos, buscarem uma solução.

Ao final da reunião os professores agradeceram a participação do sindicato na pessoa da profª. Elizabeth Castelo Branco salientando a importância da parceria entre a entidade sindical e os docentes. “Essa visita da presidente é histórica em nossa escola. A presença do sindicato tem grande peso nas reuniões, pois ele tem legitimidade para representar a categoria”, ressaltou a profª. Ana Luzia Mendonça.

  Publicado em: Governo

2 comentários para Holanda Junior: Docentes da UEB Monsenhor Frederico Chaves encabeçam luta contra o sucateamento da escola e o descaso da Semed

  1. Luis disse:

    A área de educação merece atenção das autoridades, e em vários momento a prefeitura tem mostrado preocupação especial a ela. A melhor maneira de resolver esse problema é manter o diálogo mesmo.

  2. Mara disse:

    A semed tem feito muitas alterações benéficas, tenho fé que essa situação se resolverá. Que as demais autoridades se sensibilizem tb com esta causa

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