População de imbecis!!! Pesquisa Data Popular mostra persistência do preconceito contra moradores de favelas

Publicado em   17/fev/2015
por  Caio Hostilio

Enquanto se ver a impunidade prevalecer nos atos de corrupção nos poderes constituídos e nos seguimentos econômicos poderosos, que abrange apenas 5% da população desse país, os frustrados ditos emergentes, os iludidos pelas utopias e os próprios excluídos, informam para o instituto, que o estigma de favelas pobres está relacionada à criminalidade… Aí vale um questionamento: Você contrataria um dos diretores da Petrobras envolvido na Operação Lava Jato para gerente de sua empresa ou quiçá uma das empresas envolvida na mesma Operação para ser parceira sua num empreendimento? Por outro lado, as pesquisas deixam de fazer um questionamento lógico: “O que alavanca tanto esse índice de criminalidade?”, com certeza a resposta seria a “impunidade”, haja vista que as leis nesse país são caducas e as outras tantas criadas facilitam cada vez mais o aumento das ilicitudes. O Pior de tudo é ver classes dentro de um extrativismo social esdrúxulo expor suas próprias criaturas…

image_largePesquisa do Instituto Data Popular mostra que ainda é preconceituosa a visão dos moradores do asfalto em relação aos de favelas. A pesquisa consultou 3.050 pessoas em 150 cidades de todo o país entre os dias 15 e 19 de janeiro. De acordo com o levantamento, 47% dos cidadãos do asfalto nunca contratariam, para trabalhar em sua casa, uma pessoa que morasse em favela.

O presidente do Data Popular, Renato Meirelles, destacou que o Rio de Janeiro é exceção, porque um terço da mão de obra feminina das favelas é formada por empregadas domésticas. “E o Rio de Janeiro tem um fenômeno que não ocorre em outras regiões metropolitanas, que é uma presença maior de favelas nas áreas nobres da cidade”, destacou. Isso explica a maior interação entre moradores do asfalto e de favelas no Rio de Janeiro.

Meirelles chamou a atenção para outro fato significativo nessa relação: “No Rio, encontramos muita gente que não disse explicitamente que morava em favela a seu patrão. É muito comum a gente encontrar casos de pessoas que dão ‘uma enroladinha’ sobre o local onde realmente moram”.

A pesquisa constata a existência de preconceito relacionado à violência: 69% dos entrevistados do asfalto disseram que têm medo quando passam em frente a uma favela e 51% afirmaram que as primeiras palavras que lhes vêm à mente quando ouvem falar de favela são droga e violência. “Eles têm medo de que, ao contratar um morador de favela, se tornem mais uma vítima de roubos ou assaltos, como se os moradores de favela fossem efetivamente ladrões quando, na verdade, a gente sabe que a criminalidade é a menor parte da favela”. Ponderou que a violência está presente hoje em dia tanto no asfalto quanto na favela.

Para Renato Meirelles, criou-se um estigma no país, relacionado à favela, de associar esse território à criminalidade. “[Isso] vem da origem da favela, que foi fruto da ocupação e da ausência do Estado”. A consequência foi o tráfico se colocar como poder paralelo, observou.

Segundo o presidente do Data Popular, a associação da favela com droga e violência é uma visão estereotipada que, muitas vezes, se alimenta de um conjunto de noticiários negativos vinculados às comunidades. Segundo ele, o retrato que os moradores do asfalto têm dos habitantes de favelas mostra um aspecto cultural.

Meirelles comentou, que embora esses dados sejam alarmantes, eles seriam piores há dez anos. “Porque de dez anos para cá, você teve o processo de pacificação das favelas, teve novelas que passaram em favelas ou nas periferias, mostrando outro lado além da violência”. O livro Um País Chamado Favela, lançado no ano passado pelo instituto, colocou a favela no centro do debate eleitoral.

Há hoje uma discussão mais aprofundada sobre a realidade da favela, para Meirelles. “Isso é bom”. O empreendedorismo não para de crescer nas favelas – dois terços dos moradores que há dez anos pertenciam às classes sociais D e E hoje estão na classe C, acompanhando o processo de melhoria da economia, explicou. O preconceito ainda é, entretanto, uma barreira que os moradores da favela encontram para conseguir, na prática, superar dificuldades da ausência do Estado, da falta de acesso à educação nessas localidades.

Até conseguir um emprego é mais difícil, observou, porque a maioria dos moradores de favelas é negra. Além disso, há participação maior de mulheres como chefes de família e elas ganham menos do que os homens. Outro ponto é que a escolaridade na favela é menor que no asfalto. “Ou seja, na favela tem muito menos oportunidades do que o asfalto para conseguir abrir o seu negócio, para conseguir um emprego de boa qualidade ou melhorar economicamente.”.

A pesquisa completa será divulgada no 2º Fórum Nova Favela Brasileira, que ocorrerá no próximo dia 3 de março no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Durante o evento, será apresentada a íntegra de outra pesquisa inédita, feita com 2 mil moradores de favelas do Brasil em janeiro deste ano, que retrata a visão deles em relação aos moradores do asfalto, abrangendo ainda aspectos sobre como se divertem, o que consomem e o que compram no interior das favelas, entre outros dados.

  Publicado em: Governo

Uma comentário para População de imbecis!!! Pesquisa Data Popular mostra persistência do preconceito contra moradores de favelas

  1. SEBASTIÃO SANTOS DA ÁREA ITAQUI - BACANGA disse:

    AO INVÉS DESSE PRECONCEITO BURRO E IDIOTA FRUTO DE UMA CULTURA CRIMINOSA, O QUE ACHAM SUBSTITUIR, ESSA TAL CULTURA CRIMINOSA, PELA ESCOLHA MELHOR AVALIADA NA HORA DO VOTO? PARA RESOLVER UM POUCO A CARA DO BRASIL, PRECISAMOS DEFINIR ESSAS OPINIÕES ABAIXO COMO RECEITA….

    Bravos e bravas, vcs viram isso!!! Como que um país do tamanho do Brasil pode se desenvolver no campo da estabilidade econômica e social? Já que a cultura de boa parte de nós brasileiros começa pelo preconceito. Isso sim, é cultura de nós brasileiros QUE deveríamos renunciar essa visão crítica demagoga e criminosa, por definirmos melhor em todo o país, os nossos votos nas eleições que definem GOVERNADORES, as composições das representações no CONGRESSO NACIONAL, nas UNIDADES DO LEGISLATIVO POR ESTADOS, PARA CÂMARAS DE VEREADORES seguido dos chefes do poder executivo por todos esses municípios, ou seja, prefeitos.

    BRAVOS E BRAVAS, os recursos da UNIÃO que são desviados nos ESTADOS, NOS MUNICIPIOS E NO DISTRITO por falta de fiscalização e leis mais rígidas que continuam deixando impune os corruptos, daria para atender as FAVELAS E PERIFERIAS EM GERAL DE TODO O BRASIL, e vcs sabem o que isso significaria para nós brasileiros? Mais política de igualdade social e quebra de boa parte desse preconceito criminoso. Bravos e bravas, se não tivermos uma receita para ações mais eficaz e definitivas neste sentido prático, vamos ser ainda mais surpreendidos com pesquisas mostrando estatístico triste e criminoso do POVO BRASILEIRO, por pregar uma cultura burra e idiota que chama-se PRECONCEITO, que pra mim é mais do que um CRIME… No mais, bravos e bravas, após lerem a matéria abaixo, recomendo que reflitam e se possível aderem essas opiniões formadas por esse amigo incansável que não aceita e nem permite que favelas e periferias, e/ou seja, que as comunidades sejam discriminadas. Abraços, SEBASTIÃO SANTOS.

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