Índice de homicídios de adolescentes é divulgado por governo federal, sociedade civil e UNICEF

Publicado em   30/jan/2015
por  Caio Hostilio

10429428_848190841904050_7544347219956862882_nA Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj) apresentaram nesta 4a feira, 28 de janeiro, no Rio de Janeiro, a 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). O estudo tem como objetivo permitir o monitoramento sistêmico da incidência de homicídios entre a população jovem, contribuindo para a avaliação das políticas de prevenção à violência.

Produzido com base em dados de 2012, o IHA estima que mais de 42 mil adolescentes, de 12 a 18 anos, poderão ser vítimas de homicídio nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre 2013 e 2019. Isso significa que, para cada grupo de mil pessoas com 12 anos completos em 2012, 3,32 correm o risco de ser assassinadas antes de atingir os 19 anos de idade. A taxa representa um aumento de 17% em relação a 2011, quando o IHA chegou a 2,84. Foram analisados dados de 288 municipios brasileiros.

De acordo com os dados, a Região Nordeste apresenta a maior incidência de violência letal contra adolescentes, com um índice igual a 5,97. Em contrapartida, o Sudeste possui o menor valor, com uma perda de 2,25 jovens em cada mil. Foi verificada ainda uma redução na mortalidade na Região Sul.

Em relação ao perfil dos adolescentes com maior vulnerabilidade, o estudo revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é 2,96 vezes maior do que os brancos. Além disso, os adolescentes do sexo masculino apresentam um risco 11,92 vezes superior ao das meninas, sendo a arma de fogo o principal meio utilizado no assassinato de jovens brasileiros.

10952399_848192915237176_5100876249714108384_nHoje, os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no País, enquanto para a população total correspondem a 4,8%. Para a elaboração do IHA, foram analisados 288 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. O levantamento tem como base os dados dos Censos 2000 e 2010, do IBGE, e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde. O IHA faz parte das ações do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL), criado em 2007.

Evolução do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) entre 2005 e 2012

ImageProxy.mvcÍndice de Homicídios na Adolescência (IHA) por Grandes Regiões – 2012 – Municípios com mais de 100 mil habitantes

ImageProxy.mvc 1Distribuição do IHA pelas Unidades da Federação – 2012 – Municípios com mais de 100 mil habitantes

ImageProxy.mvc 2Os 20 municípios com mais de 200 mil habitantes com o maior IHA – 2012

ImageProxy.mvc 3No Maranhão dos dados do IHA foram os seguintes:

São Luís está na 17ª posição entre as capitais brasileiras com maior indice de homicídios na adolescência. com 2,79 para cada mil adolescentes. Fortaleza foi a que teve maior índice no país, com 9,9. A que teve menor índice foi palmas, com 1,03.

Os novos índices de homicidios de adolescentes do Maranhão organizando os municípios com mais de 100 mil habitantes por estado foram os seguintes:  Açailândia:1,93; Bacabal: 0,52; Caxias: 2,04;  Codó: 0,0; Imperatriz:1,51; Paço doLumiar: 1,54; São José de Ribamar : 2,48; São Luís:2,33; Timon: 1,88

A partir do IHA, podemos concluir que, em 2012, a mortalidade por homicídio na população adolescente entre 12 e 18 anos foi a mais alta dos últimos 8 anos.

  Publicado em: Governo

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